terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ministros defendem regulamentação de greve de servidores públicos



Em meio à onda de greves, que segundo o governo tem "estrangulado o Estado", ministros próximos à presidente Dilma Rousseff defendem a aprovação de uma lei que regulamente esse tipo de movimento. Segundo a ministra Ideli Salvatti, articuladora política do governo, as recentes paralisações provocaram "vários excessos e várias situações que são inadmissíveis para o bem da população", como segurança e prestação de outros serviços essenciais.
"Eu não só concordo (com a nova legislação), como acredito que no Congresso nós temos ambiente para fazer esse debate", disse Ideli. A ministra acredita na aprovação de um texto sobre o assunto que já tramita no Parlamento. Mais discreta sobre o assunto, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, deu um recado mais firma aos parlamentares. "Acho que o Congresso deve esse debate e essa decisão ao País."
Hoje acaba o prazo dado para que os sindicatos aprovem a proposta de reajuste do governo de 15,8%, dividido em três anos. Se não houver acordo, a promessa é de que não haja qualquer tipo de reajuste.
O movimento grevista
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais cresceram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias entraram em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. O Ministério do Planejamento estima que a paralisação tenha envolvido cerca de 80 mil servidores. Em contrapartida, os sindicatos calculam que 350 mil funcionários aderiram ao movimento.
A greve afetou servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, das Relações Exteriores, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.
Desde março, quando foi iniciado o processo de negociação salarial, foram realizadas mais de 200 reuniões para discutir reajustes, com mais de 31 entidades sindicais. Após apresentar proposta de aumento de 15,8%, dividido em três anos, o governo encerrou no dia 26 de agosto as negociações com os servidores.
Fonte: Terra

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