quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Polícia enfrenta Dilma e fica sem reajuste em 2013


Agentes da Polícia Federal, auditores da Receita Federal, servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Poder Judiciário Federal e advogados e defensores públicos peitaram o governo não aceitaram a proposta de 15,8% de aumento em três anos. As categorias vão ficar sem reajuste em 2013. O grupo representa 10% do funcionalismo em greve.
O secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, declarou ontem que 90% das categorias aceitaram a proposta e que a greve será suspensa. Ele afirmou que só volta a discutir em 2013, com impacto para 2014, com os setores não aceitaram o acordo atual.
O recado dado pelo governo não agradou os integrantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que recusaram o aumento para dar continuidade ao que chamam de processo de reestruturação da carreira.
Ontem, representantes do IBGE assinaram o acordo. O processo continua hoje, com formalização da proposta com integrantes do INPI, Meio Ambiente e Inmetro.
A direção da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef)assina as propostas até amanhã. A entidade representa 18 categorias, cerca de 500 mil servidores, que terão reajuste na gratificação de desempenho de R$ 1.000 (Nível Superior), R$ 930 (Nível Intermediário) e R$ 630 (Nível Auxiliar) parcelados entre 2013 e 2015. Os servidores que integram a base da Condsef retornam às atividades na próxima segunda-feira.
Reuniões decidem retornos
Os 27 sindicatos que representam os agentes, papiloscopistas e escrivães da Polícia Federal se reúnem amanhã para definir se permanecem com a greve que impede, por exemplo, a emissão de passaporte nos principais postos do País. Discutem se intensificam a paralisação para que o governo não feche as portas e empurre a negociação para o ano que vem.
Entre quarta e sexta-feira, os sindicatos e associações representantes dos docentes das universidades federais do Rio afiliados ao Andes-SN promovem assembleias para decidir se aceitam o acordo proposto pelo governo. As aulas só retornariam, inicialmente, em 10 de setembro.
O Ministério do Planejamento informou que a Controladoria Geral da União (CGU) vai fiscalizar e acompanhar o plano de reposição dos dias paralisados. O procedimento será discutido somente após o fim da greve. A ideia é devolver, em 5 de setembro, metade do valor descontado.
Fonte: O Dia

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