Em greve há 95 dias, professores das universidades federais da região aprovaram em assembleia, ontem, contraproposta elaborada pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) em resposta ao documento apresentado pelo governo durante a rodada de negociações. Tanto UFABC (Universidade Federal do ABC) quanto o campus Diadema da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mantêm paralisação dos trabalhos, mesmo com a saída de oito instituições do movimento e a pressão do MEC (Ministério da Educação).
O recente documento apresentado pelo Andes projeta malha salarial entre o piso e o teto estabelecidos pelo governo, com impacto de R$ 4,2 bilhões em três anos. Dessa forma, o piso salarial dos docentes por 20 horas de trabalho seria alterado para R$ 2.018,77, conforme proposta do MEC. No entanto, o percentual dos degraus entre os 13 níveis passaria a ser de 4%, sendo que na tabela apresentada pelo governo, o índice varia de 1% a 12%. "A contraproposta tem impacto orçamentário 35% menor que a proposta anterior do Andes", comenta a presidente da Adunifesp (Associação dos Docentes da Unifesp), Virgínia Junqueira.
Até o momento, oito universidades federais deliberaram o fim da greve. Além do campus Guarulhos da Unifesp, estão na lista a UnB (Universidade de Brasília), UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre), UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), além de três campi do Ifac (Instituto Federal do Acre) e 12 do IFPR (Instituto Federal do Paraná).
Fonte: Diário do grande ABC
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