sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Professores da Ufal decidem continuar em greve


Com 127 votos a favor, 19 contra e 4 abstenções, os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) decidiram em assembleia no auditório da reitoria, no Campus A. C. Simões, pela continuidade da greve.
A instituição está em greve há mais de cem dias. Com isso, o semestre está comprometido, as férias foram adiadas e muitas outras atividades acadêmicas estão comprometidas.
A paralisação dos docentes da Ufal persiste mesmo após 18 categorias terem aceitado a proposta do governo e encerram a greve em todo o país.
Na última sexta-feira, dia 24, os técnicos da Ufal decidiram pelo fim do movimento grevista. A categoria aceitou o percentual de 15,8% , parcelado em três vezes e adicionados aos vencimentos dos servidores nos meses de março de 2013, 2014 e 2015.
Além disso, a partir de janeiro de 2013, os índices das gratificações passam de 10% para 25%, caso os servidores ocupem cargos de nível médio e possuam graduação. No caso dos servidores de Nível E, vigorará o acréscimo de 30% dos salários para aqueles com especialização na área de conhecimento com relação direta de atuação.
Fonte: Primeira Edição

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Pressão da comunidade universitária faz COUN rejeitar Ebserh


A pressão da comunidade acadêmica deu resultado. O Conselho Universitário da UFPR aprovou resolução em que rejeita entregar à Ebserh a administração do Hospital de Clínicas.
A reunião do COUN ocorreu na manhã desta quinta-feira, 30 de agosto, na Reitoria da universidade. A decisão foi unânime e por aclamação.
A rejeição da Ebserh era uma das reivindicações que os servidores técnicos administrativos da UFPR apresentaram à Reitoria na greve deste ano. É uma luta de toda comunidade acadêmica.
Mas é certeza de todos que a resistência à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares não acabou. O governo federal está criando a Ebserh para administrar os hospitais universitários de todo o país. Vai usar todos os mecanismos para impor o modelo privado de administração também ao HC da UFPR.
Se isto acontecer, o HC não será mais da UFPR. A universidade perde autonomia no gerenciamento deste hospital-escola, que passa a ser preparado para privatização.
Por tudo isto, vamos manter a luta em defesa do HC 100% público vinculado à Universidade Federal do Paraná, para realizar suas funções de ensino, pesquisa e extensão e atender ao SUS.
Fonte: Sindtest/PR

Polícia Federal decide manter a greve


Agentes, escrivãos e papiloscopistas da PF decidiram
manter a greve após assembleia feita hoje (30)
Agentes, escrivãos e papiloscopistas da Polícia Federal decidiram manter a greve após assembleia feita hoje (30). De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, a categoria vai fazer uma série de manifestações na próxima semana.
“Segunda-feira (3) tem o hasteamento da bandeira na sede da Polícia Federal, também vai ter café da manhã. Durante a semana, terão outras manifestações. No Ministério da Justiça, neste momento está ocorrendo um ato”, disse Wink.
Segundo ele, as negociações com o governo estão paradas. “Somos diferente das outras categorias, não temos de terminar [a greve] dia 31. A nossa greve continua, pois o governo não está conseguindo evoluir nas negociações com a gente”.
A categoria quer a reestruturação da carreira e a equiparação salarial com os delegados. Com isso, os salários que variam entre R$ 7 mil e R$ 11 mil podem chegar a R$ 13 mil.

Fonte: Agência Brasil

UFPR decide não "terceirizar" administração do Hospital de Clínicas



O Conselho Universitário (Coun) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovou na manhã desta quinta-feira (30) resolução contrária à implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) no Hospital de Clínicas (HC) da UFPR. De acordo com o reitor da instituição, Zaki Akel Sobrinho, a universidade invocou a própria autonomia para tomar a decisão.
A adesão à Ebserh vem dividindo opiniões em universidades do Brasil desde abril, quando o governo apresentou a ideia. Com a vinculação à empresa, as universidades abrem mão da administração dos hospitais universitários, e a gestão desses espaços fica por conta da empresa. A contratação dos funcionários passa a ser feita por meio de processos seletivos simplificados (nos dois primeiros anos) e concurso público, a partir desse prazo, segundo o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
“Fizemos uma análise detalhada da proposta e resolvemos não aceitar. A adesão total para nós não é interessante porque fere a autonomia da universidade. E essa apreciação não é apenas nossa, até hoje apenas 10 das 43 universidades federais aderiram à empresa, o que mostra que é preciso escolher outro cenário para resolver os problemas dos hospitais universitários”, afirmou Akel Sobrinho. “Resolvemos trazer esse assunto para a pauta do Coun porque era um assunto que já estava gerando insegurança entre os servidores”, completou.
Para o governo, a Ebserh seria uma forma de acabar com os problemas de verbas e contratação de pessoal que comprometem o funcionamento dos hospitais. Na visão do reitor, no entanto, a Ebserh não resolve, principalmente, o segundo. No HC da UFPR, segundo o reitor, cerca de 100 leitos estão fechados por falta de pessoal e seriam necessários aproximadamente 600 novos funcionários para recompor o quadro, o que não seria possível com a adoção da Ebserh. “Rejeitada a Ebserh, vamos buscar, com lideranças do governo e com o MEC, outras formas de resolver isso”, afirmou.
Fonte: Gazeta do Povo

Mercadante quer reposição das aulas nas universidades e institutos federais em greve



O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, quer a reposição integral das aulas interrompidas pela greve dos professores nas instituições federais de ensino superior (Ifes), mas não ordenará aos reitores das universidades e diretores dos institutos que cortem o ponto dos docentes que não retomarem as atividades.
“Isso compete ao Ministério do Planejamento e à Advocacia-Geral da União [sobre corte do ponto]”, disse o ministro à Agência Brasil. Mercadante lembrou que “havia uma liminar que impedia o corte de ponto dos servidores” e que “a liminar caiu”. Segundo o ministro, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), [Ari Pargendler], recomendou o corte do ponto.“Ele disse que é fundamental que seja feito [corte do ponto], mesmo que a greve seja legal e justa, porque não se prestou o serviço”, disse.
Apesar da referência à decisão da Justiça, Mercadante adotou postura conciliatória. “Nós lutamos para que haja esse entendimento para que haja uma política de reposição. É muito importante que os alunos não paguem um preço que já pagaram. A prioridade do MEC [Ministério da Educação] continua sendo a reposição integral das aulas.”
O ministro abriu hoje (30) a reunião ordinária do Fórum Nacional de Educação, formado por representantes do Poder Público e da sociedade civil. Ao chegar ao encontro, grupo com dez manifestantes pediu ao ministro que o governo retome a negociação com os professores e melhore a proposta.
Conforme Aloizio Mercadante, “não há a menor possibilidade de negociação porque o orçamento [da União] já foi encaminhado ao Congresso” e que “nem há possibilidade institucional porque nós não podemos negociar nada para o ano que vem que não tenha previsão orçamentária.”
Para Mercadante, os servidores das Ifes receberam “o melhor reajuste de todos os servidores públicos do Brasil, e talvez de todas as categorias.” “Eles vão receber, no mínimo,13% em março do ano que vem, e a média é 16,5%. O que eles vão receber em março é mais que todo o resto do funcionalismo vai receber em três anos. Além disso, eles vão continuar recebendo, no mínimo, 25% até 40% de reajuste.”
Os professores divergem do governo por causa dos critérios de progressão na carreira e querem que os aposentados se beneficiem mais com os reajustes. “Eles [professores] querem que a progressão seja só por tempo de serviço e que os aposentados progridam na carreira. Os aposentados estão protegidos porque todo o ajuste dado aos professores da ativa será extensivo aos professores aposentados, mas não há progressão da carreira para aposentado em nenhum lugar do mundo e em nenhuma outra profissão no Brasil”, disse o ministro.
Em conversa com os manifestantes, o ministro disse que a proposta dos grevistas traria gastos de R$ 10 bilhões, acima do impacto de R$ 4,1 bilhões projetados pelo governo com o reajuste concedido.
Fonte: Agência Brasil

Independentes se reúnem hoje para avaliar a greve



Os Independentes, vão se reunir nesta quinta-feira (30) para avaliar a greve e discutir a eleição sindical deste ano que deverá acontecer no mês de novembro.
Grupo dos Independentes, como é conhecido, pregam a liberdade política com o objetivo de unir os trabalhadores e trabalhadoras da Ufal em torno de um projeto de luta que valorize a categoria sem as amarras de outros interesses que só emperram o avanço dos direitos já conquistados pela classe. Também estão inseridos nessa proposta os aposentados que ao longo dos anos não vem recebendo uma atenção adequada em defesa dos seus pleitos.
“Temos que garantir os nossos direitos através de políticas que visem o interesse da coletividade, para isso, temos que ter um sindicato forte e independente”.Disse Laudicéia, que é uma das principais articuladoras GI.
Para Lindinalva, que milita no grupo, “o momento é muito importante para o debate, pois oportuniza a todos o direito de fazer um balanço geral e local do movimento grevista durante esses 60 dias”. A Linda, como é conhecida, trabalha no Banco de Sangue do HU.
O encontro está marcado para às 19 horas e contará com um bom número de militantes e convidados.
Fonte: Ufalsindical

Lei de greve e burocracia desmesurada



As dificuldades enfrentadas pela sociedade e o governo com a quase generalizada paralisação dos servidores públicos são fruto de um Estado mal-organizado. A começar pelo descumprimento da Constituição por parte dos próprios poderes constituídos. Nem o Congresso Nacional tratou de regulamentar o direito de greve do funcionalismo, obrigação que protela desde a promulgação da Carta de 1988 (há quase 24 anos), nem o Executivo cuidou de definir a forma de cumprimento do artigo 37, inciso X, da Lei Maior, que impõe a revisão anual da remuneração dos trabalhadores federais.
Portanto, ao cobrar do Legislativo a regulamentação do direito de greve, o Palácio do Planalto não pode esquecer-se de que também tem dever de casa a fazer. Se a proposta de "pegar ou largar" um aumento salarial médio de 5% nos próximos três anos fez 90% dos servidores retornarem ao trabalho esta semana, que garantia há de que em 2013 o movimento não se repita, em prejuízo até do direito de ir e vir do cidadão e do abastecimento de remédios e equipamentos hospitalares país afora, como acaba de ocorrer? Melhor tirar as lições corretas do grevismo que ainda prejudica setores do governo e tomar as providências necessárias para evitar a eternização dos conflitos e de suas consequências.
Urge profissionalizar a máquina pública, privilegiando a meritocracia. O que significa estruturar devidamente as diversas carreiras, com planos de cargos e salários transparentes, que assegurem ao trabalhador atrativos para que possa evoluir, com qualificação e manutenção dos quadros em número suficiente para o cumprimento das funções. Até para poder remunerar melhor os trabalhadores, cabe pôr fim ao gigantismo caro e inócuo de que padece o Estado. Lembre-se, a propósito, que Dilma Rousseff chegou à Presidência da República graças, em parte, ao peso da imagem de gerente competente. Passa, pois, da hora de racionalizar a burocracia.
Contudo, independentemente desse desafio de fôlego que se apresenta aos governantes, o inciso VI do artigo 7º da Constituição assegura a "irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo". Ou seja, as correções salariais são inevitáveis. E é nessa garantia que se apegam os sindicatos para preservar o poder aquisitivo dos liderados, indiferentes à importância da desindexação como instrumento de controle de preços. Cabe ao governo encontrar a fórmula de operar a atualização.
Mas também urge regulamentar o direito de greve. É inconcebível que, depois de mais de duas décadas de atraso, projeto de lei de tal importância esteja emperrado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado desde novembro do ano passado. As negociações salariais malconduzidas de agora, que levaram à radicalização do movimento, certamente teriam melhores chances de êxito se realizadas dentro das normas lá previstas, inclusive com prazos e a obrigatoriedade de manutenção dos serviços essenciais. Esse é debate do qual a sociedade precisa participar. Deixar a cobrança exclusivamente por conta do Planalto é, sem exagero, voltar as costas à própria sobrevivência.
Fonte: Correio Braziliense

Governo e servidores ajustam pontos do acordo para pôr fim a greve


A formalização das assinaturas dos acordos entre governo e as entidades sindicais seguiu pela madrugada. Encerrou o prazo, a categoria que não aderiu ficará fora dos reajustes salariais para 2013, segundo o governo. Com isso, qualquer discussão de aumento só terá impacto no Orçamento de 2014.
A expectativa do governo é enviar hoje (30) o projeto de Lei Orçamentária Anual ao Congresso Nacional contendo a previsão de gastos com a folha de pagamento. A data limite é o dia 31 de agosto.
Com a rodada de reuniões de ontem (29), subiu para oito o número de categorias que ratificaram as negociações. Segundo o Ministério do Planejamento, os representantes do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), e técnicos agentes agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aceitaram o reajuste proposto pelo governo de 15,8%, parcelado em três anos, a partir de 2013.
Também assinaram o acordo, os servidores da Polícia Rodoviária Federal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes) e da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra).
As discussões entre a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Publico Federal (Condsef) e os interlocutores do governo continuam. A entidade que representa cerca de 80% dos servidores públicos federais, em 18 categorias de servidores públicos federais, decidiu em assembleia ocorrida na terça (28) fechar acordo com o governo.
No entanto, segundo o secretário-geral da Condsef, Josemilton Costa, ajustes precisam ser acertados antes da assinatura. “Estamos desde as 8h da manhã discutindo detalhes da proposta para garantir que nenhum erro aconteça”, disse à Agência Brasil.
Servidores do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco) e do Banco Central que, inicialmente, haviam rejeitado a proposta do governo, já consideram aceitar a oferta e estão reunidos no Planejamento.
Continuam rejeitando o aumento, os agentes da Polícia Federal e os funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Fonte: Agência Brasil

Miriam Belchior entrega proposta de lei orçamentária a Sarney nesta quinta-feira


A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, entrega nesta quinta-feira (30) ao presidente do Senado, José Sarney, o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2013. O ato de entrega ocorrerá na Sala de Audiências da Presidência às 15h.
A conclusão da proposta orçamentária foi fechada nos últimos dias com os acordos firmados entre o governo federal e diversas categorias de servidores públicos que faziam greve reivindicando aumentos.
Fonte: Agência Senado

Senadores pedem retomada das negociações entre governo e professores


Os senadores presentes à audiência pública sobre a greve de três meses nas universidades federais, promovida ontem, quarta-feira (29) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), pediram ao governo que mantenha abertos os canais de negociação com os representantes dos professores e funcionários. Além da solução da questão salarial, argumentaram, também é necessário debater formas de evitar novas paralisações nos próximos anos.
- Por que temos greve todo ano? Esta é uma pergunta chave. Algo está errado. Vamos ver o que precisamos fazer para que não sejam necessárias greves daqui para frente – disse o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), após pedir uma negociação “permanente” entre o governo e os profissionais atualmente paralisados.
Cristovam afirmou entender as dificuldades orçamentárias do governo, mas lembrou que recentemente o Poder Executivo concedeu mais de R$ 20 bilhões em incentivos fiscais às montadoras de automóveis.
A retomada das negociações foi defendida por mais três senadores. Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu que as partes envolvidas promovam um esforço para alcançar o entendimento. Ele considerou importante examinar, ao mesmo tempo, a necessidade de se normalizar a situação nas universidades, para evitar maiores prejuízos aos estudantes, e as “necessidades prementes” de erradicar a pobreza e se promover o crescimento.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) criticou a decisão do governo de “encerrar unilateralmente” as negociações. Ele pediu aos representantes de professores que “não aceitem o argumento de um prazo fatal”, pois, como completou, “quando o governo quer manda e desmanda nesse Congresso”.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) – autora de um dos requerimentos para a realização da audiência, juntamente com a senadora Ana Amélia (PP-RS) – também pediu a “continuidade do diálogo” entre as partes. Para isso, no entanto, ela alertou ser necessário que “as partes estejam com disposição de dialogar”.
Sindicatos
Logo no início da audiência, a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Silva Oliveira, criticou a interrupção das negociações e disse que a greve “continua forte”. Ela informou que a proposta apresentada pelo governo foi rejeitada por todas as assembleias promovidas pelo sindicato. Pediu ainda que se estabeleça um cronograma para a realização de concursos públicos para novos professores.
O representante da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação nas Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), José Almiran Rodrigues, disse que a entidade assinou acordo com o governo para o fim da greve, aceitando o reajuste de 15,8%, embora este tenha sido considerado “totalmente insuficiente”. Mas alertou que a federação quer discutir a questão da terceirização no serviço público, “em especial na universidade”.
Também defendeu o fim da greve o presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), Eduardo Rolim de Oliveira. Ele criticou, porém, o fato de os professores das universidades não terem direito a negociação coletiva, como os trabalhadores da iniciativa privada. Ele considerou “positivo” que a universidade tenha estado no “centro das discussões” dos últimos meses, o que ajudaria a sociedade brasileira a perceber que “só é possível o desenvolvimento nacional sustentável com a criação de conhecimento e uma universidade forte”.
Para que o Brasil se torne um país desenvolvido, concordou a coordenadora geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais de Educação Básica, Profissional e Tecnológica, Elane Mafra, será necessário “valorizar o profissional da educação”.
Ela emocionou-se ao dizer que tinha orgulho de ser proveniente da educação pública.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, afirmou que o Brasil vive um “momento de efervescência no debate educacional”, pois, além da maior greve da última década, o país promove o “grande debate do Plano Nacional da Educação”. Ele defendeu a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, por meio do uso de verbas provenientes dosroyalties do petróleo e do Fundo Social que contará com recursos da venda de petróleo obtido na camada pré-sal.
Governo
Representando o governo, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Henrique Pessoa Lins, disse que todos os docentes – entre os quais se incluiu – sairão da greve “de cabeça erguida”, uma vez que “ninguém na Esplanada” obteve os mesmos ganhos dos professores, em referência a outras categorias de funcionários públicos que entraram em greve. Ele fez um apelo a todos os professores para retomar as suas atividades e disse que as discussões continuarão após a greve, sobre temas como a infraestrutura das universidades.
Fonte: Agência Senado

Futuro prefeito de Arapiraca terá desafio de melhorar desempenho da cidade no Ideb



A prefeitura municipal de Arapiraca (AL) será disputada, em 7 de outubro, por três candidatos. Célia Rocha pelo PTB; Alves Correia pelo PTdoB; e Rogério Teófilo pelo PSDB são os nomes que estão na briga pelo posto de prefeito da segunda maior cidade de Alagoas. Além deles, 149 candidatos irão disputar as 15 vagas na Câmara de Vereadores da cidade.
Com 202 mil habitantes, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem a economia fortemente baseada no setor de Comércio e Serviços e nas agroindústrias – em especial as de beneficiamento de fumo, de alimentos, de madeiras e de minerais não metálicos. No total, o produto interno bruto de Arapiraca soma R$ 1,6 milhão, de acordo com dados do IBGE de 2009.
Os moradores da cidade contam com 46 estabelecimentos públicos de saúde, sendo 43 municipais. O futuro prefeito irá administrar ainda 60 escolas municipais de ensino fundamental que abrigam 35 mil alunos. O principal desafio na educação será conseguir elevar as notas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Nos anos iniciais do ensino fundamental, que incluem do primeiro ao quinto ano, os alunos de Arapiraca tiveram nota 3,8 em uma escala que vai de 0 a 10, na qual a média do país foi 5. Nos anos finais, do sexto ao nono ano, os estudantes do ensino fundamental da cidade mais importante do agreste alagoano, tiveram nota 2,6 em 2011, enquanto a média nacional alcançou 4,1.
Além disso, o futuro prefeito e os novos vereadores deverão ter atenção especial com a população de quase 40 mil habitantes que vive atualmente na zona rural da cidade. Por lá, a produção agrícola é basicamente familiar e baseada no cultivo de frutas, hortaliças, fumo de corda e na criação de aves, caprinos, ovinos e gado de corte e de leite, segundo informações da prefeitura municipal. A produção da zona rural de Arapiraca é, de acordo com a prefeitura, responsável pelo abastecimento de 90% das hortaliças folhosas encontradas na Ceasa da capital do estado, Maceió.
Fonte: Agência Brasil

Professores mantêm greve na maioria das universidades federais da Região Sul


Os professores da maioria das universidades federais localizadas na Região Sul do país continuam em greve. Conforme levantamento concluído ontem (29), das 11 universidades federais existentes na região, apenas duas não registram nenhuma paralisação da categoria neste momento: a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deve retomar as aulas no próximo dia 3.
A greve dos professores atinge ainda, de forma parcial, os cinco institutos federais de educação localizados nos estados do Sul, com algumas unidades paradas e outras funcionando, a depender do campus. Todas as informações foram verificadas diretamente com as assessorias de cada instituição de ensino.
Na UFRGS, que retomou as aulas anteontem (27), o novo calendário acadêmico prevê o encerramento do segundo semestre letivo em 16 de janeiro de 2013. Na UFCSPA, que registrou greve parcial durante apenas uma semana, sem prejuízo ao calendário, todos os professores estão dando aula desde o último dia 6 de agosto.
A greve prossegue nas outras quatro universidades sediadas no Rio Grande do Sul: Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
No Paraná, os professores das três universidades com sede no estado continuam em greve. Na maior delas, a Universidade Federal do Paraná (UFPR), o calendário acadêmico segue suspenso, com exceção dos anos finais do curso de medicina e dos cursos de oceanografia e de petróleo e gás, que decidiram retomar as atividades.
Dos 12 campi da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), apenas um, o de Guarapuava, tem aulas normalmente. Os outros 11 estão com as atividades paralisadas e com o calendário suspenso. Na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu (PR), 15 dos 16 cursos de graduação estão parados. Somente o curso de ciências biológicas está funcionando.
Em Santa Catarina, a greve dos professores das instituições federais de ensino superior suspendeu os calendários acadêmicos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), esta última com campi também no Paraná e no Rio Grande do Sul.
Na UFSC, uma fração da categoria decidiu na terça (28) manter a greve. Uma outra parte, que segundo a assessoria de imprensa da universidade representaria cerca de 80% da base, decidiu voltar ao trabalho no último dia 16. O conselho universitário da UFSC decidiu ontem (29) retomar as aulas a partir do próximo dia 3 de setembro.
Os cinco institutos federais de educação localizados na Região Sul estão com o movimento de reivindicação dividido. Dez dos 12 campi do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) estão em greve. No Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), a paralisação atinge dois dos nove campi em funcionamento.
Dos 19 campi do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), 15 estão com atividades paralisadas. No Instituto Federal Catarinense (IFC), de um total de 11 campi, três estão em greve.
Já a maioria dos professores do Instituto Federal do Paraná (IFPR) decidiu voltar ao trabalho no começo de agosto. Na unidade do IFPR em Curitiba, as aulas foram retomadas no último dia 13. Dos 14 campi do instituto no Paraná, 12 voltaram ao trabalho, após assembleias. Apenas as unidades de Paranaguá e Londrina do IFPR decidiram manter a greve.
"Fizemos avaliação em assembleias e a maioria dos professores do IFPR definiu pelo retorno às atividades", disse Nilton Brandão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica e Tecnológica do Paraná (Sindiedutec), em entrevista à Agência Brasil. Agora, a definição do novo calendário acadêmico dependerá de negociações locais, em cada unidade, já que a entrada na greve aconteceu em momentos diferentes."
O governo federal considera encerrada a negociação com a categoria desde o último dia 13, quando assinou um acordo com o Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que aceitou a proposta de reajuste, com percentuais que variam de 25% a 40%. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) rejeitou o acordo e apresentou uma contraproposta ao governo, que não reabriu a negociação.
Fonte: Agência Brasil

Prefeito de Maceió eleito em outubro vai administrar cidade com economia baseada no turismo



Os eleitores de Maceió terão oito candidatos a prefeito na disputa do dia 7 de outubro. Fleming (PSOL), Galba Novaes (PRB), Jeferson Moraes (DEM), Nadja (PPS), Ronaldo Lessa (PDT), Rosinha da Adefal (PTdoB), Rui Palmeira (PSDB) e Sergio Cabral (PPL) disputam os votos dos 476 mil eleitores da capital. Além deles, 404 candidatos pleiteiam uma das 21 vagas de vereador da cidade. Por se tratar de município com mais de 200 mil eleitores, a decisão sobre o futuro prefeito pode ocorrer em segundo turno.
Com produto interno bruto (PIB) de R$ 10,2 milhões, a economia da capital alagoana está fortemente ligada ao turismo. Quando analisado separadamente, o PIB do setor de serviços corresponde a quase 70% do total das riquezas produzidas no município. Além desses valores, em 2009 a cidade recebeu R$ 229 milhões do Fundo de Participação dos Municípios.
O prefeito que for escolhido para administrar Maceió pelos próximos quatro anos terá sob sua responsabilidade a gestão de 94 escolas de ensino fundamental e 58 estabelecimentos de ensino pré-escolar municipais. Dados de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que naquele ano haviam 57 mil crianças matriculadas nessas séries nas escolas municipais.
A rede pública de saúde do município conta com 60 estabelecimentos. No entanto, existem apenas dez leitos para internação, os 768 leitos públicos para internação restantes ficam a cargo da rede estadual ou federal.
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Evento de lançamento do POLUS

Valéria Correia

Convidamos a comunidade para o lançamento doObservatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais – POLUS, que será realizado no próximo dia 30 de agosto de 2012 (quinta-feira), das 8h às 12h30min, no Auditório do Espaço Cultural da UFAL – Praça Sinimbu, Centro, Maceió – AL, com a Palestra da Profª Drª Lúcia Maria Wanderley Neves (UFPE/UFF/FIOCRUZ): “Os ataques aos nossos direitos continuam. Como fortalecer nossas lutas?”
Este Observatório surge como um espaço interdisciplinar com capacidade de aglutinar pesquisadores e manter um vínculo orgânico com movimentos sociais e setores engajados na direção de fortalecer as lutas sociais em Alagoas. Seus principais objetivos são contribuir com a organização das lutas sociais dos trabalhadores/as e movimentos sociais de Alagoas e defender o caráter público estatal das políticas sociais, por meio do desenvolvimento de estudos, pesquisas, publicações e atividades de extensão.
Contamos com a sua presença neste evento que integra as atividades de Greve da UFAL e é aberto à participação da sociedade.
Saudações Fraternas,
Mª Valéria C. Correia
Coordenadora do POLUS

PROGRAMAÇÃO
8h: Recepção e credenciamento dos participantes.
9h / 10h: Abertura do lançamento do POLUS – Coordenação: Profª Valéria Correia (UFAL)
- Composição da mesa de abertura
- Apresentação do POLUS
- Lançamento dos vídeos “Lutas sociais em Alagoas” (8’) e “Lutas na saúde” (8’)
- Lançamento do “Caderno Lutas Sociais e Controle Social” 
10h / 11h: Palestra da Profª Drª Lúcia Maria Wanderley Neves (UFPE/UFF/FIOCRUZ): “Os ataques aos nossos direitos continuam. Como fortalecer nossas lutas?” – Coordenação: Profª Georgia Cêa (UFAL)
11h / 12h: Debate
12h / 12h30 min: Encerramento 

Maiores informações(82) 3214-1230 Grupo de Pesquisa/UFAL.

Polícia enfrenta Dilma e fica sem reajuste em 2013


Agentes da Polícia Federal, auditores da Receita Federal, servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Poder Judiciário Federal e advogados e defensores públicos peitaram o governo não aceitaram a proposta de 15,8% de aumento em três anos. As categorias vão ficar sem reajuste em 2013. O grupo representa 10% do funcionalismo em greve.
O secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, declarou ontem que 90% das categorias aceitaram a proposta e que a greve será suspensa. Ele afirmou que só volta a discutir em 2013, com impacto para 2014, com os setores não aceitaram o acordo atual.
O recado dado pelo governo não agradou os integrantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que recusaram o aumento para dar continuidade ao que chamam de processo de reestruturação da carreira.
Ontem, representantes do IBGE assinaram o acordo. O processo continua hoje, com formalização da proposta com integrantes do INPI, Meio Ambiente e Inmetro.
A direção da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef)assina as propostas até amanhã. A entidade representa 18 categorias, cerca de 500 mil servidores, que terão reajuste na gratificação de desempenho de R$ 1.000 (Nível Superior), R$ 930 (Nível Intermediário) e R$ 630 (Nível Auxiliar) parcelados entre 2013 e 2015. Os servidores que integram a base da Condsef retornam às atividades na próxima segunda-feira.
Reuniões decidem retornos
Os 27 sindicatos que representam os agentes, papiloscopistas e escrivães da Polícia Federal se reúnem amanhã para definir se permanecem com a greve que impede, por exemplo, a emissão de passaporte nos principais postos do País. Discutem se intensificam a paralisação para que o governo não feche as portas e empurre a negociação para o ano que vem.
Entre quarta e sexta-feira, os sindicatos e associações representantes dos docentes das universidades federais do Rio afiliados ao Andes-SN promovem assembleias para decidir se aceitam o acordo proposto pelo governo. As aulas só retornariam, inicialmente, em 10 de setembro.
O Ministério do Planejamento informou que a Controladoria Geral da União (CGU) vai fiscalizar e acompanhar o plano de reposição dos dias paralisados. O procedimento será discutido somente após o fim da greve. A ideia é devolver, em 5 de setembro, metade do valor descontado.
Fonte: O Dia

Servidores administrativos da Polícia Federal retomam as atividades na sexta-feira



Os servidores administrativos da Polícia Federal também decidiram aceitar o reajuste oferecido pelo governo de 15,8%, parcelados em três anos, a partir de 2013. Após assembleia ocorrida na manhã de hoje (29), os trabalhadores concordaram em acabar com o movimento grevista e retornar ao trabalho na próxima sexta-feira (31).
Em nota, o Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (Sinpecpf), informou que com a decisão “todo o suporte à atividade policial será retomado, assim como o serviço prestado em setores de atendimento ao cidadão, tais como emissão de passaportes, controle migratório e de entrada e transporte de produtos químicos em território nacional”. A categoria estava em greve desde o dia 15 deste mês.
O comunicado destacou ainda que o aumento oferecido pelo governo prevê reajustes em valores fixos para a categoria, conforme escolaridade exigida para os diversos cargos, durante os próximos três anos. Os servidores com cargos de nível superior terão reajuste de R$ 1 mil (24,8% para o início de carreira e 14,28% para o final). Os salários dos trabalhadores com nível intermediário subirá R$ 930 (27,96% para o início de carreira e 24,24% para o final). Cargos de nível auxiliar terão acréscimo de R$ 630 (27,31%).
A categoria continua com a luta pela condição de igualdade com carreiras administrativas como as das agências reguladoras ou a da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que “exercem atividades semelhantes”. A retomada do debate sobre essa reivindicação será feita na segunda quinzena de setembro, de acordo com o sindicato.
Apesar de ter aceitado a proposta de reajuste, a entidade ressaltou em nota que o “estado de vigília” permanece. “Sairemos da greve, mas nossa intenção é firmar um cronograma com o governo para negociar a reestruturação. Caso o governo descumpra prazos, faremos manifestações pontuais”, diz o comunicado.
Em contrapartida, os agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal mantêm a greve e recusaram a proposta do governo. Segundo a Federação Nacional dos Policias Federais (Fenapef), os rumos da greve ainda não foram definidos. Por enquanto, os únicos serviços prestados mantidos são em segurança de instalação, custódia de presos e emissão de passaportes emergenciais.
Fonte: Agência Brasil