sábado, 23 de junho de 2012

UFPI/Parnaíba colhe os prejuízos da expansão desordenada


Uma das primeiras vítimas da expansão desordenada através do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a Universidade Federal do Piauí sofre com sérios problemas de infraestrutura e falta de professores em sala de aula.
Desde o início da implementação do Reuni, o número de cursos na UFPI/Parnaíba passou de quatro para onze, sem a contrapartida de investimentos necessários para sustentar uma expansão com qualidade. O resultado pode ser percebido, por exemplo, na deterioração da estrutura predial, precariedade dos contratos de docentes e técnicos-administrativos e no alto número de disciplinas sem docentes. Um caso emblemático é o curso de Fisioterapia, que iniciou o semestre com 20 disciplinas sem professores. 
Os docentes do campus aderiram à greve nacional convocada pelo ANDES-SN e estão parados há mais de um mês. Como parte das atividades da greve, elaboraram uma pauta local de reivindicações que demonstra a situação precária de trabalho e ensino a que está submetida a comunidade acadêmica. Veja no quadro algumas das reivindicações locais.
Segundo o professor Johnson Fernandes Nogueira, diretor sindical da regional Parnaíba da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi), 60% do quadro docente é composto por novos professores, a maioria contratada por conta do projeto de expansão do governo. 
Apesar disso, Johnson conta que a organização sindical dos docentes, principalmente em reação à precarização das condições de trabalho, é muito forte. “Na assembléia que deflagrou a greve tínhamos mais de 100 professores, de um universo de 160”, diz.
Por conta dessa mobilização, nos últimos dois anos ,os docentes vêm enfrentando uma série de problemas por conta da relação que a Adufpi tem com a administração da Universidade Federal, que inclusive vem reprimindo aqueles que participam do sindicato. “Temos reagido e a realização do Conad aqui será um reforço, um apoio a mais a essas ações e para que consigamos envolver a categoria na luta”, observa Nogueira.
Fonte: ANDES-SN

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