Estudantes de universidades e instituições federais em greve estão preocupados com a possibilidade de atraso na formatura.
O estudante Geylson Paiva está terminando o curso de comunicação social na Universidade Federal do Maranhão.
“Passei num concurso, estou com a monografia pronta para apresentar e conseguir meu diploma, mas até agora não pude por conta da greve”, diz.
Das 99 universidades e instituições federais de Ensino Superior do país, 57 estão em greve, segundo o Sindicato dos Professores. As três universidades federais do estado de São Paulo estão paradas. Na Universidade Federal da Bahia, a paralisação foi iniciada no dia 6 de junho. Em Pernambuco, quase 60 mil alunos de três instituições federais estão sem aula.
Olavo Amorim, estudante de engenharia elétrica do Cefet, em Belo Horizonte, está sem aulas desde maio.
“Eu consegui uma bolsa de incentivo à pesquisa no exterior. Estou viajando para a Alemanha semana que vem e, como estou sem aula, vou perder o semestre”, lamenta.
Minas Gerais é o estado com o maior número de instituições federais em greve. A UFMG foi a última a aderir ao movimento. Em assembleia realizada na sexta-feira (22), os professores decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado.
“O que verificamos até agora é que não há proposta efetiva do governo para o movimento se debruçar sobre ela, para ponderar sobre suas reivindicações”, comentou Marina Barbosa, secretária do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior.
Na Universidade Federal de Minas Gerais, nem todos os professores aderiram ao movimento, mas a greve, mesmo parcial, preocupa os estudantes. O estudante Rui Pitágoras iria se formar em veterinária neste semestre.
“A gente não vai poder estagiar, porque tecnicamente a gente já concluiu o curso. E a gente não vai poder trabalhar porque a gente não vai ter a carteira do trabalho, o CRMV, então é muito triste”, diz.
O Ministério da Educação declarou que na semana que vem vai apresentar um plano de carreira aos servidores.
Fonte: G1
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