A greve dos servidores públicos federais já atinge dez órgãos do governo e também o Itamaraty, onde oficiais de chancelaria e outros servidores de 91 embaixadas e consulados no exterior promovem uma paralisação inédita. Postos como Moscou, Londres, Paris, Roma e Nova York aderiram ao movimento grevista dos funcionários. O Sinditamaraty, sindicato da categoria, estima que metade dos três mil agentes e oficiais de chancelaria estão em greve.
Estão paralisados servidores da Funai, da Funasa, do Incra e dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Justiça, da Previdência Social, da Saúde, do Trabalho e do Arquivo Nacional. Funcionários do Hospital das Forças Armadas prometem suspender suas atividades a partir da próxima segunda-feira.
No Itamaraty, o principal pedido dos servidores é a incorporação dos adicionais ao salário, para tentar equiparar os vencimentos aos de outras categorias, além da garantia de vencimentos integrais na aposentadoria.
Hoje, um assistente de chancelaria ingressa na carreira ganhando R$ 2.915,10, enquanto um agente técnico de inteligência da Abin começa recebendo R$ 4.422,62. Enquanto o oficial de chancelaria tem salário inicial de R$ 6.299,13, o oficial técnico de inteligência, R$ R$ 11.941,08.
Os servidores da Funai também revindicam reajuste salarial e implantação do Plano de Carreira Indigenista. No Ministério da Saúde, é alta a adesão ao movimento grevista. Hoje, os funcionários do setor de saúde indígena e os do setor de compra de passagens e diárias devem aderir ao movimento.
Professores de universidades federais estão parados há quase um mês. Reunião no Ministério do Planejamento está marcada semana que vem.
Fonte: O Globo
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