A Condsef e outras 30 entidades nacionais com mais de 5 mil servidores federais de diversos estados - muitos em greve - engrossaram a marcha que reuniu mais de 50 mil manifestantes nesta quarta-feira nas ruas do Rio de Janeiro. O protesto ocorreu durante a Rio+20 e contou com a presença de diversos segmentos dos movimentos sociais. Um dos objetivos da atividade - paralela as discussões de lideranças do mundo todo sobre desenvolvimento com sustentabilidade - foi mostrar ao governo Dilma a insatisfação crescente da população brasileira com a forma com que as questões e problemas sociais vêm sendo preteridos para que banqueiros e grandes empresários sejam priorizados. Entre 2011 e 2012 o governo concedeu a empresários em isenção fiscal aproximadamente R$155 bilhões. Em contrapartida, no mesmo período, contingenciou das areas sociais mais de R$ 105 bi.
Para a Condsef a manifestação de hoje mostra que as políticas administrativas do governo não têm agradado. “O caminho equivocado de priorizar minorias deve ser revisto pela presidenta Dilma” avaliou o secretário-geral da Condsef, Josemilton Costa. “Atividades como esta são prova mais que concreta de que a população demanda atenção urgente às questões sociais, entre elas a exigência de serviços públicos de qualidade”, acrescentou.
Greve geral – A partir desta quinta, 21, a Condsef deve instalar o Comando Nacional de Greve que vai acompanhar e apoiar os movimentos de paralisação da base da entidade que já acontecem em pelo menos seis estados (Pará, Sergipe, Amapá, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro) e o Distrito Federal. Setores como Funasa, Incra, Arquivo Nacional, Saúde, Desenvolvimento Agrário, Justiça, Trabalho e Emprego, Previdência Social, Polícia Rodoviária Federal, Cnem e Area Ambiental já registram paralisação de atividades. Assembleias agendadas em todo o Brasil devem confirmar a adesão de outros estados e categorias no movimento paredista.
A greve dos servidores da base da Condsef reforça a paralisação no setor público que começou com professores e atinge também os administrativos das universidades. O objetivo do movimento é reivindicar a apresentação imediata de proposta por parte do governo às demandas do funcionalismo. As reivindicações foram entregues pela Condsef, CUT e outras 29 entidades nacionais dos servidores, ao Ministério do Planejamento desde o dia 24 de janeiro e até hoje apesar de dezenas de reuniões, o governo de forma desrespeitosa não apresentou uma resposta oficial às demandas dos servidores.
Fonte: Condse
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