Mesmo em greve,
as instituições federais que têm pesquisas financiadas pela Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), pelo CNPq
(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia estão sendo coagidAs a cumprir os prazos
impostos por essas agências de fomento. Para fazer com que o direito de greve
seja cumprido, o ANDES-SN e o Comando Nacional de Greve (CNG) protocolizaram
nesta sexta-feira (22), nos três órgãos, uma carta solicitando que os prazos sejam
suspensos imediatamente.
“A partir do
momento em que os professores são obrigados a cumprir esses prazos, o direito
de greve, que é garantindo constitucionalmente, passar a ser desrespeitado”,
argumenta a 1ª secretária do ANDES-SN, Marina Barbosa.
O texto
argumenta que como muitas das práticas acadêmicas são propostas, fomentadas e
financiadas pelos três órgãos, o ANDES-SN e o CNG exigem que o calendário
dessas instituições referente aos períodos de editais e de obrigações várias,
dentre as quais a entrega de relatórios, preenchimento de formulários, prazos
de defesas de teses e dissertações “sejam imediatamente suspensos no mesmo
tempo em que durar o movimento de greve dos docentes”.
“Na nossa
avaliação, há uma interferência dessas agências no movimento grevista, já que
os docentes têm de cumprir os prazos,”, avalia o professor Ciro Bezerra, da Universidade
Federal de Alagoas.
O ANDES-SN já
tinha comunicado esses órgãos sobre o movimento grevista, tanto no âmbito da
graduação, quanto da pós, o que afetaria os calendários acadêmicos instituídos.
A carta entregue
na Capes por ser lida aqui. Texto semelhante também foi entregue no CNPq e no MCT
por um grupo de professores que estão em Brasília participando do CNG.
Fonte: ANDES-SN
Nenhum comentário:
Postar um comentário