sexta-feira, 29 de junho de 2012

Ato confirma paralisação no HFSE a partir de segunda-feira, 2/07


A greve no Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) vai começar na próxima segunda-feira, 2/07. A comunicação foi feita pelos dirigentes do Sindsprev/RJ à população durante ato público no pátio da amendoeira, nesta sexta-feira (29/06), pela manhã. Houve distribuição de panfletos explicando os motivos da paralisação que se somará às de outros hospitais federais como parte da campanha nacional unificada dos servidores federais.
O diretor do Sindsprev/RJ Luiz Henrique Santos frisou que o movimento tem como principais objetivos impedir a continuidade do sucateamento e a privatização dos hospitais federais, cobrar investimentos para a melhoria do atendimento e das condições de trabalho; valorização dos servidores através do reajuste salarial de 22,08%, incidente também sobre as demais verbas, com definição de uma política salarial que garanta aumento real; concurso público imediato; e aprovação do plano de carreira da saúde pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Luiz Henrique lembrou que os pacientes devem participar das mobilizações junto com os servidores, já que estão sendo atingidos pelo sucateamento das unidades federais, mesmo pagando impostos para o funcionamento delas. “O governo Dilma Roussef ataca as unidades federais para privatizar o atendimento, beneficiando os planos de saúde, seus financiadores de campanha, numa política do toma-lá, dá-cá”, acusou. Ele lembrou que, em São Paulo, os hospitais foram privatizados e entregues a organizações sociais, levando os pacientes a pagarem pelo atendimento. “Não podemos deixar que isso aconteça aqui. Temos que barrar a política de privatização que está sendo implementada, não só pelo PSDB, mas pelos governos Dilma, Cabral e Paes”, afirmou.
30 horas e MP 568
Júlio Tavares, também diretor do Sindsprev/RJ, lembrou que o governo Dilma defende os interesses dos ricos, dos bancos e grandes empresas nacionais e multinacionais. Acrescentou que uma das formas que o governo vem usando para fazer isso é a concessão de subsídios e isenção tributária a vários setores da economia. “Mas, para os servidores, impõe congelamento salarial, diz não a todas as reivindicações da campanha salarial, nega a aprovação das 30 horas da enfermagem, privatiza a previdência pública e empurra goela abaixo a Medida Provisória 568, que reduz em 50% os salários dos médicos e o valor da insalubridade para todos os profissionais da saúde e de outros setores do funcionalismo”, afirmou.
Julio lembrou ainda que essas medidas visam economizar para pagar a dívida ilegítima que o governo tem com os banqueiros e que os faz enriquecer cada vez mais. “Agora, Dilma pretende fazer mais uma reforma da Previdência, reduzindo em 50% o valor das pensões e fixando idade mínima de 60 anos para mulher e 65, homens, para as aposentadorias do INSS”, disse. Outro diretor do Sindsprev/RJ, Almir Dias, acrescentou que a greve dos servidores federais já conta com a adesão de vários segmentos do funcionalismo, incluindo servidores de vários ministérios, como o da Saúde, autarquias, universidades e colégios federais e técnicos. O diretor do Sindicato dos Médicos, Eraldo Bulhões, também falou da importância da greve para reverter os ataques do governo aos profissionais de saúde e aos direitos da população.
Fonte: SINDSPREV/RJ

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