Após três Assembleias Gerais, cinco
paralisações e quase dois meses de tentativa de negociação com a Reitoria, os
servidores do IFAL decidiram
iniciar uma greve em defesa das 30 horas e contra o ponto eletrônico. O
movimento paredista começa nesta segunda-feira (15).
A categoria reivindica também a pauta da
campanha salarial do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica,
Profissional e Tecnológica – SINASEFE,
que iniciará a greve nacional a partir do dia 13 de julho.
“É um movimento que nasceu da insatisfação
com a reitoria em querer cortar o direito dos TAEs (Técnicos Administrativos em Educação) trabalharem
sob o regime de 30 horas e tem contagiado os professores que também são alvos
da instalação do ponto eletrônico e dos cortes financeiros na instituição”,
afirmou Hugo Brandão, membro do comando de greve.
Ele alerta que a categoria também é contra
o ajuste fiscal do governo, que tem cortado verbas da educação, e quer reajuste
salarial. “Mesmo dizendo o lema ser pátria educadora”, o governo cortou da
educação R$ 7 bilhões em janeiro e agora mais R$ 9 bilhões e não tem previsão
de reajuste salarial para os servidores. Não podemos aceitar que o ensino
público e os trabalhadores paguem pela crise”, completou Brandão.
Pauta local
O marco inicial da mobilização no IFAL é a luta pela flexibilização da
jornada dos TAEs. Mayara Esteves, representante do
comando de greve, explica que a categoria se sente prejudicada com a
possibilidade de revogação das 30 horas no IFAL.
“A flexibilização beneficia ao público,
pois permite o funcionamento da Instituição durante 12 horas ininterruptas,
ampliando o horário de atendimento; à Instituição, pois a produtividade e a
qualidade do serviço são muito maiores”, explicou a servidora.
Já o ponto eletrônico, além de gerar
gastos, é uma forma de controle desnecessária e que não computa as horas de
trabalho que o servidor leva para casa. “Quando um professor ou um técnico
falta, os alunos reclamam, há reposição ou desconto salarial pela ausência. O
ponto eletrônico representa tratar uma instituição de ensino como uma
fábrica", acredita Mayara
ao dizer que a Controladoria Geral da União emitiu parecer favorável a
utilização do ponto manual como forma de controle.
Mobilização de greve
Com grande participação dos TAEs nas assembleias e
mobilizações, a previsão é que a partir de segunda-feira os setores
administrativos do IFAL
paralisem completamente suas atividades, principalmente nos câmpus do interior que são os mais
afetados pela falta de estrutura e condições de trabalho. Já os docentes devem
ter uma maior adesão com o decorrer das mobilizações contra o ponto eletrônico
e do desenrolar da campanha salarial nacional.
Fonte: Sete Segundo
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