A greve dos
professores das universidades federais completa 23 dias hoje (19), com a adesão
de docentes de 31 das 63 universidades federais e de um instituto federal,
segundo balanço do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino
Superior (Andes-SN). Na próxima terça-feira (23), representantes dos
professores participam de reunião no Ministério da Educação (MEC). A greve foi
iniciada no dia 28 de maio.
A última reunião
dos docentes com o MEC para negociação ocorreu no dia 22 de maio. De acordo com
o Andes-SN, não houve respostas para a pauta apresentada pela categoria, que
inclui reestruturação da carreira, valorização salarial, defesa do caráter
público das universidades e melhores condições de trabalho.
O presidente do
sindicato, Paulo Rizzo, disse que a expectativa dos docentes é ter resposta às
propostas do movimento. “No dia 22 de maio, questionamos que não tinham
respondido nossa pauta, e nossa expectativa é que nesta reunião o MEC se
pronuncie em relação à pauta de reivindicações. Gostaríamos que trouxessem algo
para que o movimento possa avaliar.”
Na avaliação de
Rizzo, os movimentos recentes do governo têm sido no sentido de reduzir cada
vez mais as verbas para a educação. “O que o governo tem feito até agora é
cortar Orçamento, verba. Foram cortados R$ 9,4 bilhões do orçamento da educação
para ese ano”, disse.
Na pauta de
reivindicações entregue ao MEC, os docentes incluíram, por exemplo, piso
remuneratório de R$ 2.784 para docente graduado em regime de trabalho de 20
horas. Outros pontos são a ampliação da infraestrutura das instituições,
incluindo laboratórios e equipamentos e aplicação de 1,5% do Produto Interno
Bruto (PIB) em ciência e tecnologia.
Em nota
divulgada no último dia 9, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
informou que uma contraproposta para as instituições federais de ensino será
apresentada até o fim deste mês. Essa contraproposta faz parte do contexto das
negociações feitas com o conjunto do funcionalismo público, de acordo com o
ministério.
Em audiência
pública na semana passada, no Senado, o ministro da Educação, Renato Janine
Ribeiro, disse que a pasta está aberta ao diálogo com os servidores. Quando foi
deflagrada a greve, o MEC divulgou nota criticando a decisão dos professores.
Para o MEC, a paralisação só faria sentido se estivessem esgotados os canais de
negociação. Técnicos administrativos de instituições públicas de ensino
superior também estão em greve.
Fonte:
Agência Brasil
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