Diante da postura do governo federal em não
sinalizar para a abertura efetiva da negociação da pauta de reivindicações dos
SPF, as entidades que fazem parte do Fórum das Entidades Nacionais dos
Servidores Públicos Federais (Fonasef) estão mobilizando o conjunto dos SPF
para ampliar as mobilizações rumo à construção de uma greve geral unificada, a
ser discutida nesse mês de junho.
O
novo boletim do Fonasef reafirma a necessidade da intensificação das lutas
para a conquista das reivindicações das diversas categorias. Acesse AQUI e veja o boletim em formato PDF.
“Em abril, durante a jornada de lutas
realizadas pelos SPF, conseguimos arrancar algumas reuniões com o governo
federal, mas que não significaram, efetivamente, uma abertura de negociações.
Das propostas apresentadas na reunião do dia 23 de abril, o governo, na reunião
seguinte, em 14 de maio, não apresentou nenhum avanço, nossas pautas ficaram
sem respostas e não houve agendamento de uma próxima reunião”, afirmou Giovanni
Frizzo, um dos coordenadores do Setor das Instituições Federais de Ensino
(Ifes) do ANDES-SN.
Na
última sexta-feira (12), o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou
que o governo entregaria em duas semanas uma proposta de reajuste para todo o
funcionalismo federal. Diante do fato, Frizzo aponta que “o governo está
bastante pressionado pelas categorias do serviço público federal. Até então,
eles estavam trabalhando com a estratégia de enrolação, ou seja, de não
apresentar propostas e de suspender reuniões. Mas a intensificação na
mobilização, a ponto de pautar uma greve unificada dos servidores públicos
federais, está fazendo com que o governo tenha que se mexer”.
Além
disso, o coordenador do Setor das Ifes salienta que “diante da conjuntura de
cortes no orçamento, o esperado é que o governo nos apresente novamente estudos
que comparem a relação da nossa folha salarial com o PIB, mostrando que não há
espaço fiscal para atender a reivindicação de reajuste linear de 27,3%
apresentada pelo Fórum dos SPF. Contrário a isso, o que nos queremos é que o
governo nos apresente propostas concretas para que haja uma verdadeira
negociação, sobre, por exemplo, a política salarial permanente com correção das
distorções e reposição de perdas inflacionárias”.
A
próxima mobilização, marcada pelo Fonasef será o Dia Nacional de Lutas,
Manifestações e Paralisações dos SPF, no dia 25 de junho.
Greve no funcionalismo público federal
Desde o dia 25 de maio, os servidores do
Judiciário Federal e Ministério Público da União da Federação Nacional dos
Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe),
estão em greve, da qual já aderiram diversos estados.
O
movimento paredista do funcionalismo público abrange também a greve dos
docentes federais e dos técnico-administrativos nas instituições federais de
ensino (IFE) do ANDES-SN e da Fasubra, respectivamente, – iniciada em 28 de
maio. Além disso, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação
Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a Confederação dos Trabalhadores
no Serviço Público Federal (Condsef) e a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores
em Saúde e Previdência Social (Fenasps) aprovaram recentemente indicativo de
greve para julho.
“A
greve dos docentes federais nas instituições federais, por exemplo, foi o
recurso que a categoria entendeu como necessário para que o governo respondesse
às reivindicações específicas. Vale lembrar que o governo federal mais uma vez
se desqualificou quando disse que, no início de junho, chamaria os docentes
para apresentar uma proposta e nada fez”, apontou Giovanni Frizzo.
Fonte:
ANDES/SN
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