O corte de R$ 9,4 bilhões no orçamento do
Ministério da Educação vai afetar o repasse de verbas federais para obras no
setor e o número de vagas e bolsas de programas como Ciência sem Fronteiras e
Pronatec.
"Não
podemos ignorar que este é um ano difícil financeiramente", afirmou o
ministro Renato Janine (Educação) em audiência pública no Senado Federal, na
última terça-feira (9). Ele destacou, no entanto, que ações "extremamente importantes"
terão seus recursos preservados. É o caso de repasses para merenda e transporte
escolar das redes de educação básica e o custeio das universidades federais. Ao
mesmo tempo, obras em campi de instituições de ensino superior serão afetadas: "Obras que estão avançadas, serão
concluídas. Obras que estão no início, serão adiadas", disse Janine.
Durante cerca de quatro horas, o ministro
falou sobre programas e ações do MEC em audiência pública da comissão de
educação do Senado. "Não adianta
brigarmos com a realidade. O orçamento é limitado pela economia, não podemos
propor ou prometer o que não é viável agora. Não será fácil a gestão do MEC
neste ano", concluiu.
GREVE
NAS FEDERAIS
Janine afirmou que o ministério está aberto
ao diálogo, mas fez crítica indireta à paralisação de servidores e docentes de
universidades federais. "Já foi dito
de início que havia data marcada de greve", afirmou ele sobre primeira
reunião entre sindicatos e representantes da pasta. Segundo Janine, a
paralisação de técnicos administrativos atinge 56 das 63 federais. Os docentes,
por sua vez, cruzaram os braços em 19 instituições. "Não foi solicitada reunião de negociação. Fico muito contente [em
saber] que a intenção dos movimentos seja de agendar [uma reunião]",
disse o ministro ao ser questionado sobre o assunto.
Fonte: Folhapess
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