Reunidos em assembleia-geral, na tarde da
quarta-feira (3/6), os servidores do Poder Judiciário e Ministério Público da
União aprovaram, por ampla maioria, greve por tempo indeterminado a partir da
próxima terça-feira (9/6). Foram apresentadas três propostas com deflagração da
greve para os dias 8, 9 e 10 de junho. Ao final, chegou-se a um consenso e foi
colocada em votação apenas a proposta para início da greve no dia 9/6 (aprovada
com apenas duas abstenções e um voto contrário).
A antecipação do início da greve em relação
ao calendário da Fenajufe (início para o dia 10) é para forçar as negociações
pela aprovação do PLC 28/15 que está na Ordem do Dia para votação no Plenário
do Senado. Segundo a assessoria parlamentar do Sindjus, é preciso muita pressão
dos servidores, pois não há garantia alguma de votação no dia 10 até porque o
ministro Ricardo Lewandowski havia pedido para o presidente do Senado, Renan
Calheiros, segurar a votação até o acordo orçamentário ser fechado. Até o
momento não há contraproposta alguma do Planalto e o cenário é de completa
incerteza.
O governo ainda pode obstruir a votação
pedindo a retirada de pauta ou apresentando requerimento para apreciação pela
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O governo pode ainda solicitar inversão
de pauta, solicitar o adiamento da discussão ou simplesmente negar quórum para
impedir a votação. Somente uma pressão intensa da categoria pode abrir caminhos
para a aprovação do PLC 28/15 e também do PLC 41/15, que aguarda apresentação
de relatório para ser votado na CCJ. Portanto, a partir da próxima terça-feira
(9) é greve por tempo indeterminado. E no dia 10/6 (quarta), vamos todos para o
Senado Federal. É importante que a categoria esteja unida e mobilizada, para
fazer a diferença neste momento que é de pressão total. E na quinta (11/6), uma
Assembleia-Geral de Avaliação vai indicar os próximos passos da nossa
mobilização.
A Diretoria do Sindjus encaminhará os
ofícios para as administrações informando da nova data da deflagração da greve,
tomando todas as providências para garantir a legitimidade do nosso movimento.
É necessário construir uma mobilização nacionalmente unificada. Não dá mais
para esperar, pois já são quase dez anos sem reajuste. Cada um é importante
nessa luta. Nossa categoria merece respeito.
Fonte: Sindijus/DF
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