As críticas ao movimento paredista da Fasubra começam a surgir nas redes sociais do Facebook, das muitas já publicadas, o texto do jornalista Ednaldo Alves, deixa claro como a base tem avaliado a greve deflagrada na última segunda-feira (17). Vejamos:
Se tem greve e tudo funciona, então somos dispensáveis
Eu avaliava que esse não era o momento de entrar em greve, mas, interesses eleitorais, a divisão na cúpula da direção da FASUBRA, a falta de negociadores ágeis, e a colcha de retalhos de várias pautas não explícitas (em cada hora ou em cada base tem uma reivindicação diferente) fez o estouro da boiada e a greve foi deflagrada. Então, já que entramos em greve, precisamos fazer e acontecer para não sermos desmoralizados e desgastar o próprio instrumento da greve – histórica forma de luta, que muito custou para a classe operária - , com um faz de conta que parece brincar com coisas sérias.
Dizem que para você ser universal, tem que cantar primeiro sua terra. Então, cantando minha terrinha, relato que aqui na Paraíba há uma greve de fachada, onde tem uma faixa com a frase "ESTAMOS EM GREVE" na entrada da Reitoria, mas lá dentro tudo funciona (alguns setores em sistema de revezamento, outros com meio expediente e outros totalmente "essenciais").
No HU, nada parou e o diretor da EBSERH esbravejou que quem parar perde a APH... alia-se a isso que parte dos antigos dirigentes estão nomeados nas gordas gratificação da empresa, e, como ainda não houve concurso, nomeando a parentada toda nas vagas das empresas terceirizadas.
No HU, nada parou e o diretor da EBSERH esbravejou que quem parar perde a APH... alia-se a isso que parte dos antigos dirigentes estão nomeados nas gordas gratificação da empresa, e, como ainda não houve concurso, nomeando a parentada toda nas vagas das empresas terceirizadas.
Nesta semana a própria reitoria publicou nota na página da UFPB com uma série de setores que teria sido "acordado" para funcionar (Reitoria, Prefeitura, Restaurante, NTI, LIcitação, etc) e nos cursos, as notas finais estão sendo lançadas normalmente, as matrículas começam amanhã (24) nas coordenações e as colações de grau na semana que vem.
Nacionalmente, pelo eu que estou vendo em alguns informes e perfis, o quadro se repete, e na maioria a greve só existe cartorialmente – e tomara que não seja judicializada - , mas de fato, ainda está longe de ser real. A própria direção do movimento e o recém instalado CNG ainda não passou para as bases uma clareza da pauta da greve, ficando em um apanhado de várias coisas que faltam, mas sem foco. O Isolamento desta greve – já que as outras entidades deram xabu - pode ser perigoso e usado pelo governo para usar da força, da lei e da caneta, para cancelar o que resta do acordo (alegando quebra do acordo), reprimir (no caso de decretação da ilegalidade) e dar um exemplo para os outros setores.
Se continuarmos brincando de greve, com esse tipo “Greve de Fachada”, “Greve de Facebook” ou “Greve de faz de conta” vamos desmoralizar o próprio movimento – repito a greve é uma conquista histórica que não pode ser banalizada – e, a sociedade que nos financia e a tudo assiste, poderá compreender que não tem importância o nosso trabalho na universidade, pois decretar greve e não parar significa que não somos necessários. E, aquilo que não é necessário, é dispensável.
Ednaldo Alves
Jornalista da UFPB
Fonte: Facebook (Grupo Somos Técnico-Administrativos e queremos RESPEITO!)
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