Publicamos aqui algumas matérias referente as perseguições a servidores durante as greves de 2011 e 2012, o tema esteve na mesa de negociação com o governo a semana passada.
A Fasubra vem tentando reverter as punições imposta pelos reitores das universidades federais, através do diálogo com os representantes do governo, mas as conversas não tem avançado, deixando as vítimas sem perspectiva alguma para reverter as punições.
Veja abaixo o relatório na íntegra da reunião da federação com os representantes do governo:
RESPOSTA DO MEC SOBRE AS DENÚNCIAS DE PERSEGUIÇÕES PROTOCOLADAS PELA FASUBRA.
O ex-ministro da educação Aloísio Mercadante solicitou a FASUBRA que oficializasse as denúncias sobre perseguição, após a FASUBRA fazer tais reclamações em reuniões ainda no ano de 2013. A direção da FASUBRA protocolou documento após colher denuncias que chegaram até a federação. Somente em março de 2014 a SESU/MEC responde tais denuncias apresentando um documento no qual legitima todas as ações dos reitores contra ativistas e dirigentes do movimento sindical utilizando argumentos técnicos e jurídicos, ignorando qualquer possibilidade de tentar resolver tais conflitos politicamente.
A representação da FASUBRA alertou mais uma vez que o MEC trata a autonomia universitária de acordo com as suas conveniências políticas, pois quando é para retirar direitos, o MEC desautoriza ações administrativas dos reitores como foi o caso da UFOPA. Mas quando se trata de perseguição aos TAEs, a SESU/MEC diz que não há o que fazer. A representação da FASUBRA deixou claro que não espera que o MEC atropele a autonomia universitária, mas que entende que o MEC lava as mãos diante das perseguições e assedio moral que estão se intensificando nas universidades contra os trabalhadores. E os TAEs mais uma vez são subjugados, principalmente porque são minoria na composição dos órgãos colegiados, nos conselhos universitários e a paridade para a escolha de representantes não está garantida na maioria das universidades. Portanto, os gestores que em sua maioria são docentes possuem peso político muito superior para garantir uma perseguição aos TAEs considerados “indesejáveis” sem sofrer qualquer punição.
Por fim, a direção da FASUBRA protestou com veemência sobre tal questão e deixou registrado que esse ponto não foi atendido, pois o conteúdo do documento apresentado pelo governo fortalece os reitores em continuar operando perseguições e assedio moral nas universidades contra os trabalhadores. E a consequência dessa política é aumentar os conflitos nas relações de trabalho dentro das universidades.
Esse impasse coloca o movimento paredista sob alerta, pois se os reitores tem autonomia para perseguir, punir e até mesmo demitir servidores por participar de greves, sem que esses atos sejam revistos pelo MEC, deixa a categoria em maus lençóis.
Na próxima segunda-feira (17), teremos a deflagração da greve dos trabalhadores das universidades ferderais, convocada na última plenária da Fasubra.
A pergunta que não quer calar: O que deve ser feito se houver novas punições a servidores que aderiram a greve? Com a palavra a Fasubra.
*Com informações da Fasubra
Fonte: Ufalsindical
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