A direção do
Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (SINTUFAL), mais
o reitoriano, Evilázio Freire, Chefe de Divisão Administrativa da Biblioteca Central,
unidade de apoio da universidade, tiveram uma audiência para tratar da pauta local
de reivindicação.
No início da
reunião o Reitor, Eurico Lobo, apresentou aos dirigente o Memorando-Circular nº02/2014/PGF/AGU de 26/03/2014, que orienta os reitores da IFES’s a cortar o
ponto e suspender os salários dos grevistas.
A notícia pegou a
todos de surpresa, pois numa greve que vem enfrentando muitas dificuldades na
sua construção por causa do racha que existe dentro e fora da federação, o
documento foi um balde de água gelada no movimento paredista.
O reitor foi questionado
se iria acatar a orientação da Advocacia Geral da União (AGU), ele afirmou que
só terá uma posição na próxima terça-feira (1/4), pois participará de uma
reunião em Brasília na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior (ANDIFES) para tratar do tema e o que ficar
definido nessa reunião será a posição dele.
Na pauta
apresentada ao Lobo, não consta com ponto para discussão, um dos problemas mais
gritantes, tanto no Campus A. C. Simões quanto nas unidades do interior, que é
as perseguições a servidores.
O Sintufal insiste
em fazer vista grosso para o problema, enquanto os assédios morais crescem a
cada ano. O caso mais recente é da ex-coordenadora do jurídico da entidade,
Risonilda Costa, que respondeu a dois processos administrativos, um deles
porque atuou no PAD do Roberto Marinho, como representante lega do sindicato.
Na época a Costa revelou na mídia que o processo estava viciada, pois a
Procuradoria Geral Federal (PGF/UFAL) e a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e
do Trabalho (PROGEP/UFAL), ambos estavam orientando a comissão responsável pelo
processo e por esse motivo foi processada, mas o processo foi arquivado por
falta de elementos que comprovassem o ilícito funcional da ex-dirigente.
Outros processos se
arrastam há anos só ocupando espaço na Progep sem solução efetiva para os
casos, mas na pauta local de greve, nada tem a respeito, a entidade faz de
conta que na Ufal os trabalhadores são tratados com urbanidade.
A audiência com reitor
ficou só na conversa, pois Lobo neutralizou toda pretensão dos dirigentes
quando apresentou o documento da AGU.
No site do Sintufal
nenhuma linha foi publicada a respeito, como também nos grupos de discussão que
leva o nome da entidade, não se toca no assunto, o silêncio é total.
A categoria aguarda
um pronunciamento oficial da entidade sobre as notícias que correm nas redes
sociais, enquanto o silêncio persiste, já tem servidor dizendo que a partir de
segunda-feira (31/3) volta as suas atividades normais, pois não vai arriscar
ficar sem o salário do mês e levar falta.
É preciso que o
Sintufal aja rápido, pois a desmobilização na base já estava ocorrendo e com o
documento da AGU o processo foi acelerado.
Fonte: Ufalsindical
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