A
greve da Fasubra
aprovada pela categoria em plenária e iniciada no dia 17 de março, até
agora não se obteve resultado. Onze dias se passaram e as informações
que
estão sendo publicadas no Informe de Greve (IG) não justificam a
manutenção da
greve, pois não trás nenhuma novidade e nenhuma
estratégia de luta.
Como foi dito aqui,
essa greve é Nati Morto, pois o governo, mesmo antes da deflagração,
já tinha sentado com os representantes da federação para discutir as propostas
aprovadas em plenária e protocoladas na mesa de negociação.
Essa Greve de Fachada
como está sendo chamada, precisa ter um ponto final. As lideranças dos sindicatos de base devem esclarecer
para os sindicalizados de uma vez por toda, que o governo apresentou propostas
para a pauta da Fasubra e discutir com a categoria ponto a ponto o
que avançou e o que não, o que não pode é ficar nesse jogo de faz de conta que poderá
levar a categoria à estagnação.
Os discursos divergem, tem dirigente que não sabe quais os reais motivos
dessa greve, nem mesmo quais os pontos de pauta que foram pleiteados junto ao
governo, as assembleias parecem mais palanque eleitoral, ou seja, antecipação
da eleição presidencial, pois o principal tema é a queda do governo e a vitória
dos trabalhadores, um verdadeiro palco para aqueles que militam em partidos
políticos de ultra-esquerda, quem faz a festa são os estudantes que se aproveitam do espaço para
pregar temas que fogem ao propósito sindical.
Em outro artigo
publicado AQUI foi dito que os trabalhadores estão sendo perseguidos, ameaçados
e expulsos de comunidades da internet, simplesmente por discordar da greve, a
ordem é apenas manter aqueles que defendem o movimento
paredista da Fasubra.
Se a categoria não
abrir os olhos, correm o risco da greve ser judicializada pelo governo e
os motivos não faltam para serem alegados, pois quer queira e quer não, o governo
já sentou e negociou com a federação, isso sem falar que o processo foi feito
com um acordo de greve vigente, assinado em 2012.
Alguns
dirigentes da Fasubra estão alegando que o acordo não foi cumprido na
sua
totalidade. Ora! A categoria na época deflagrou a greve em busca de
reajuste
salarial e aceitou 15,8% fracionados em três anos + Step que já foram
creditados nos contracheques, restando apenas a última parcela do
reajuste. Além
disso teve o ajuste nos valores das progressões por qualificação e o
direito de trabalhadores de todos os níveis continuar seus estudos e
chegar ao doutorado que antes tinha
algumas restrições.
O acordo feito em
2012 não foi o ideal para a categoria, mas sem dúvida foi uma conquista. Os
demais pontos da pauta apresentada naquele ano que não puderam ser
resolvidas de imediato, foram conduzidas para Grupos de Trabalhos (GT’s) por
causa da complexidade dos temas, esses grupos não tinha o poder de deliberar,
apenas de debater e chegar a um consenso, o resultado seria levado a mesa de
negociação num prazo de 90 dias, mas o governo se acomodou e só em fevereiro,
com o indicativo de greve, sentou com a federação e discutiu ponto a ponto os pleitos
pendentes e até mesmo as reivindicações desse ano e o resultado destas reuniões
está no Ofício nº 56-GAB/SESu/MEC.
Se a greve vai
continuar ou não uma coisa é certa, a Fasubra está rachada, a categoria está
rachada, o movimento está rachado, não tem como avançar, pois sem a unidade da
categoria as chances da categoria ser desmoralizada é cada vez maior.
Fonte: Ufalsindical
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