sábado, 29 de março de 2014

FASUBRA - Greve sem direção e motivação

A greve da Fasubra aprovada pela categoria em plenária e iniciada no dia 17 de março, até agora não se obteve resultado. Onze dias se passaram e as informações que estão sendo publicadas no Informe de Greve (IG) não justificam a manutenção da greve,  pois não trás nenhuma novidade e nenhuma estratégia de luta.
Como foi dito aqui, essa greve é Nati Morto, pois o governo, mesmo antes da deflagração, já tinha sentado com os representantes da federação para discutir as propostas aprovadas em plenária e protocoladas na mesa de negociação.
Essa Greve de Fachada como está sendo chamada, precisa ter um ponto final. As lideranças dos sindicatos de base devem esclarecer para os sindicalizados de uma vez por toda, que o governo apresentou propostas para a pauta da Fasubra e  discutir com a categoria ponto a ponto o que avançou e o que não, o que não pode é ficar nesse jogo de faz de conta que poderá levar a categoria à estagnação.
Os discursos divergem, tem dirigente que não sabe quais os reais motivos dessa greve, nem mesmo quais os pontos de pauta que foram pleiteados junto ao governo, as assembleias parecem mais palanque eleitoral, ou seja, antecipação da eleição presidencial, pois o principal tema é a queda do governo e a vitória dos trabalhadores, um verdadeiro palco para aqueles que militam em partidos políticos de ultra-esquerda, quem faz a festa são os estudantes que se aproveitam do espaço para pregar temas que fogem ao propósito sindical.
Em outro artigo publicado AQUI foi dito que os trabalhadores estão sendo perseguidos, ameaçados e expulsos de comunidades da internet, simplesmente por discordar da greve, a ordem é apenas manter aqueles que defendem o movimento paredista da Fasubra.
Se a categoria não abrir os olhos, correm o risco da greve ser judicializada pelo governo e os motivos não faltam para serem alegados, pois quer queira e quer não, o governo já sentou e negociou com a federação, isso sem falar que o processo foi feito com um acordo de greve vigente, assinado em 2012.
Alguns dirigentes da Fasubra estão alegando que o acordo não foi cumprido na sua totalidade. Ora! A categoria na época deflagrou a greve em busca de reajuste salarial e aceitou 15,8% fracionados em três anos + Step que já foram creditados nos contracheques, restando apenas a última parcela do reajuste. Além disso teve o ajuste nos valores das progressões por qualificação e o direito de trabalhadores de todos os níveis continuar seus estudos e chegar ao doutorado que antes tinha algumas restrições.
O acordo feito em 2012 não foi o ideal para a categoria, mas sem dúvida foi uma conquista. Os demais pontos da pauta apresentada naquele ano que não puderam ser resolvidas de imediato, foram conduzidas para Grupos de Trabalhos (GT’s) por causa da complexidade dos temas, esses grupos não tinha o poder de deliberar, apenas de debater e chegar a um consenso, o resultado seria levado a mesa de negociação num prazo de 90 dias, mas o governo se acomodou e só em fevereiro, com o indicativo de greve, sentou com a federação e discutiu ponto a ponto os pleitos pendentes e até mesmo as reivindicações desse ano e o resultado destas reuniões está no Ofício nº 56-GAB/SESu/MEC.
Se a greve vai continuar ou não uma coisa é certa, a Fasubra está rachada, a categoria está rachada, o movimento está rachado, não tem como avançar, pois sem a unidade da categoria as chances da categoria ser desmoralizada  é cada vez maior.
Fonte: Ufalsindical

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