Professores das universidades federais podem entrar em greve a partir de
abril. A decisão será tomada em reunião que acontecerá no Andes-SN (Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), nos próximos dias
29 e 30, em Brasília. Durante o período, será analisado o resultado das
assembleias regionais que vão acontecer entre hoje e o dia 28 deste mês.
Segundo o 1º vice-presidente do Andes, Luiz Henrique Schuch, a categoria
está disposta a retomar a greve de 2012, caso o governo não avance nos pontos
acordados naquele ano. Entre os principais, reestruturação do plano de cargos,
reajuste salarial, condições de trabalho e autonomia universitária.
Ontem, representantes do Andes -SN e do Ministério da Educação se
encontraram no início da noite. Não havia informações sobre a reunião até o
fechamento da edição.
Schuch destacou que é importante o governo avançar em temas que estão
estagnados desde 2012: “Ainda enfrentamos problemas antigos como laboratórios
vazios, sem equipamentos, falta de professor em algumas salas de aula e
dificuldades na área de pesquisa científica por causa das condições de
trabalho.”
Unidades mais novas também enfrentam dificuldades. Alguns setores do
Polo Universitário de Rio das Ostras da UFF (Universidade Federal Fluminense)
estariam funcionando em containers, segundo o Andes-SN.
Os professores participam hoje do Dia Nacional de Mobilização, na
Esplanada dos Ministérios. O movimento vai reunir servidores federais de
diversas classes, inclusive, do Poder Judiciário Federal.
PERDAS ACUMULADAS
Sobre os vencimentos recebidos pelos professores, o 1º vice-presidente
do Andes-SN, Luiz Henrique Schuch, defendeu que o reajuste escalonado oferecido
pela União em 2012 e que termina em 2015, não recupera a inflação do período:
“Os 15,8% já não eram suficientes em 2012, imagine agora? O governo federal tem
que reconhecer esse problema o quanto antes.”
Fonte: O Dia
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