Os servidores das universidades federais de todo país deflagraram na última segunda-feira (17) uma greve por tempo indeterminado seguindo orientação da plenária da Fasubra.
A estratégia fasubriana é pressionar o governo a cumprir o acordo da greve de 2012 na sua totalidade, como também a repactuação da mesma, pois a categoria deliberou alguns pontos de pauta para serem incluídas na negociação deste ano.
Dirigentes da Fasubra se reuniram com representantes do Ministério da Educação (MEC) para cobrar uma posição referente aos pleitos protocolados. Na primeira reunião realizada dia 26 de fevereiro os representantes do governo foram categóricos em afirmar que estavam ali para discutir as questões que ficaram pendentes no acordo da greve de 2012, e que não aceitariam inclusão de pauta no acordo vigente.
Mesmo antes da deflagração da greve, a direção nacional da federação, através de seus representantes, tiveram mais três reuniões com o governo que houve avanços consideráveis, mas para a majoritária fasubriana, as propostas debatidas com o governo, apesar de consensuadas entre ambas as partes, não agradou a ala radical da Fasubra que emitiram uma avaliação criticando duramente as propostas e convocando a categoria para manter deflagração da greve.
Uma semana após o início da paralização, nenhuma universidade suspendeu suas atividades, tudo está funcionando normalmente, ou seja, a greve da Fasubra é puro marketing para pressionar o governo a atender os outros pontos.
Na quinta-feira (20), o Comando Nacional de Greve (CNG) sofreu um duro golpe. Os servidores públicos federais (SPF's) em uma plenária realizada em Brasília, decidiu não deflagrar greve, mas continuar as mobilizações até seus pleitos serem atendidos.
Outro golpe fatal é a posição da Associação Nacional dos Docentes (ANDES/SN), ela ainda está em processo de diálogo com o MEC e tudo indica que a greve suspensa em 2012 não está encontrando fôlego para ser retomada, a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (PROIFES) segue a mesma estratégia do Andes que é dialogar e nada de greve, da mesma forma é o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE).
Segundo informações de bastidores, a tática da majoritária fasubriana é deixar sua marca como uma gestão que lutou e travou fortes combates com governo em defesa dos técnico-administrativos, ou seja, é pura propaganda eleitoral para tentar se manter a frente da federação, pois o congresso está para acontecer
O projeto para garantir a reeleição do chapão era perfeito se não fosse pelegagem de entidades nacionais ligadas politicamente a eles, terem desistido da greve. Agora a busca desesperada para mostrar serviço a categoria não tem limites.
Apesar da deflagração em várias universidades, a greve não desponta, está sendo um fracasso, sem falar do racha que está ocorrendo na federação, divisão que está se refletindo nas bases.
Pelas previsões feitas por alguns sindicalistas, se essa greve durar, é no máximo duas semanas, caso ultrapasse, a tendência é o movimento agonizar até se obter o óbito.
Fonte: Ufalsindical
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