sábado, 29 de março de 2014

FASUBRA - Corte de ponto e suspensão de salário é a orientação da AGU aos reitores da universidades

Na última quarta-feira (26/3) a Advocacia Geral da União (AGU) encaminhou ao Ministro da Educação, José Henrique Paim, um documento alegando que o Art. 7º da Lei 7.783/89 prevê que a participação em greve suspende o contrato de trabalho.
O argumento utilizado, segundo a AGU, é do Supremo Tribunal Federal (STF) que ao interpretar o texto da citada lei fixou um entendimento de que a deflagração da greve no serviço público corresponde a suspensão do contrato de trabalho e que, por tal razão, como regra geral, os salários dos dias de paralisação não devem ser pagos.
Até a agora não temos informações que o MEC tenha se pronunciado sobre está orientação, mas todas as procuradorias das universidades federais de todo país estão sendo instruídas a orientar os reitores a adotarem as medidas necessárias ao registro da folha de ponto dos dias de paralisação, suspendendo o pagamento dos dias não trabalhados.
Para muitos dirigentes sindicais a medida é arbitrária, pois o STF reconheceu a existência de repercussão geral em matéria discutida no Agravo de Instrumento (AI) 853275, no qual se discute a possibilidade do desconto nos vencimentos dos servidores públicos dos dias não trabalhados em virtude de greve. Na verdade não há norma legal autorizando o desconto na folha de pagamento do funcionalismo, tendo em vista que até hoje não foi editada uma lei de greve específica para o setor público.  
Recentemente a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) entrou com ação na suprema corte para evitar o corte do ponto dos policiais que aderiram à paralisação de 48 horas em janeiro e em fevereiro desse ano. Para surpresa de todos o Ministro Gilmar Mendes do STF, negou o pedido de liminar da federação e determinou o corte do ponto dos policiais federais que participaram das paralisações.
A Fasubra ainda não se posicionou sobre o assunto, pois aguarda ser oficialmente informada. Nas redes sociais o Coordenador de Administração e Finanças, Rolando Malvásio, afirmou: “...um documento que mandam cortar o nosso ponto, de boa, RESISTIR É PRECISO! Vamos mostrar a este governo NEOLIBERAL e amigo de MENSALEIROS que eles estão tratando com homens e mulheres disposto a resistir até o inferno se preciso for”.
Não se sabe como a categoria vai reagir diante dessa nova conjuntura instalada, mas o certo é que essa medida veio para esvaziar a greve. Se alguém vai querer ir para o inferno como pretende o Malvásio, em breve saberemos.
Confira a documentação abaixo:

Fonte: Ufalsindical

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