Os casos das perseguições de ativistas e dirigentes sindicais, durante o período das greves de 2011 e 2012, foi um dos pontos da pauta aprovado na última plenária da Fasubra e protocolada no Ministério da Educação (MEC).
A federação recebeu denúncias de alguns TAE’s que foram perseguidos e punidos durante e após as últimas duas greves, inclusive com demissão de um destes denunciantes.
O problema vem se arrastando há anos sem solução, mas só o ano passado a Fasubra se reuniu com o Aluísio Mercadantes, ministro da pasta na época, o qual solicitou que as denúncias fossem formalizadas, assim os fasubrianos fizeram, mas o MEC mesmo tendo recebido o relatório da Fasubra exigindo uma posição favorável aos perseguidos, nada fez.
Somente neste mês março de 2014 a SESu/MEC responde tais denuncias apresentando um documento no qual legitima todas as ações dos reitores contra grevistas e sindicalistas se utilizando de argumentos técnicos e jurídicos, ignorando qualquer possibilidade de tentar resolver tais conflitos politicamente.
A representação da FASUBRA, reunidos com representantes na mesa de negociação, deixou claro que não espera que o MEC atropele a autonomia universitária, mas que entende que o MEC lava as mãos diante das perseguições e assedio moral que estão se intensificando nas universidades contra os trabalhadores.
Por fim, a direção da FASUBRA apenas protestou e deixou registrado que o tema polêmico não foi atendido, pois o conteúdo do documento apresentado pelo governo fortalece os reitores em continuar operando perseguições e assedio moral nas universidades contra os trabalhadores. E a consequência dessa política é aumentar os conflitos nas relações de trabalho dentro das universidades.
O Coordenador de Administração e Finanças da Fasubra, Rolando Malvásio, em um debate no facebook com o técnico em radiologia demitido da Ufal, Roberto Marinho, havia afirmado "... que depender do governo Dilma, a AGU vai recorrer até no inferno, pois administrativamente, é ZERO CHANCE...". O coordenador se referia a reintegração do ex-servidor.
Para amenizar a declaração, pressionado pela matéria publicada AQUI decidiu publicar um vídeo na internet, onde afirma que não existe nenhum processo que está sendo acompanhado pela Fasubra de pessoas que tenha sido perseguido por ter feito greve, ao mesmo tempo afirma que a motivação dos PAD’s foi por forte atuação sindical dos processados em suas bases, e afirma que ele próprio respondeu vários PAD’s e não teve ajuda de sindicato e nem da federação. Clique no vídeo abaixo e assista na íntegra as declarações do dirigente fasubriano.
A declaração do Malvásio deixou a categoria em alerta, principalmente os novos servidores, os que estão ainda em estágio probatório, pois se a representatividade sindical, tanto local quanto nacional, não conseguem reverter essas perseguição usando a sua política, ninguém está disposto a encarar o que o dirigente enfrentou, como ele mesmo afirmou que respondeu vários PAD’s e não teve ajuda de sindicato e nem da federação, ninguém quer arriscar.
O Ofício nº 56/2014-GAB/SESu/MEC o governo se limitou em dizer que “o documento apresentado pela Fasubra ao MEC foi enviado as universidades para manifestação e posteriormente submetido a avaliação da AECI/MEC e CONJUR/MEC. Foi realizada reunião com representantes do MEC e orientado sobre a possibilidade de recurso e revisão e ainda, emitido o Ofício Circular nº 004/AECI/GM/MEC, de 25/02/2014, orientando os dirigentes das IFES’s para redobrar a atenção, zelo e cautela na instauração de procedimentos disciplinares, com respalda em evidências consistentes de autoria e materialidade”. Ou seja, tudo vai continuar com está.
A pergunta que não quer calar: O que deve ser feito se houver novas perseguições e punições a servidores que aderiram a greve? Com a palavra a Fasubra.
*Com informações da Fasubra
Fonte: Ufalsindical
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