Na sexta-feira
(28/3) os servidores do Campus Ufal Arapiraca receberam o Comando Geral de
Greve (CGG) do sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas
(SINTUFAL) para avaliar a greve nacional da categoria e ver a possibilidade de adesão dos
técnicos administrativos daquela unidade ao movimento paredista.
O Coordenador
Geral, Emerson Oliveira, na sua fala, informou aos presentes na reunião que a
greve tem crescido a cada dia, muitas são as adesões das IFES’s, e que a
categoria está sofrendo ataques de agentes do governo, infiltrados no movimento
para desmobilizar os trabalhadores.
Por
nenhum momento
o dirigente apresentou aos TAE’s arapiraquense quais eram os pontos de
pauta
que estavam sendo pleiteados pela categoria, nem tão pouco informou que o
governo já tinha se posicionou sobre as reivindicações pautada.
A comitiva do CGG,
contou com a presença do reitoriano, Evilázio Freire, Chefe de Divisão
Administrativa da Biblioteca Central, que
está aproveitando as visitas do comando pelo interior para realizar sua campanha
ao Conselho Universitário (CONSUNI/UFAL). Na sua intervenção, ele como sempre,
com um discurso nostálgico, relembrou os anos 80 onde ele adentrou ao serviço
público federal, exaltou sua atuação no movimento paredista em pleno período da
ditadura, mas como o Oliveira, também não apresentou os elementos motivadores da greve,
apenas colocou para os trabalhadores, a necessidade de se construir a unidade e
fortalecer o movimento. Detalhe, o Freire aderiu a greve, mas continua atuando como gestor da biblioteca (FG-1).
O
Ex-dirigente do Sintufal, Moysés Ferreira, no seu discurso, questionou os comandantes
de qual seria o principal objetivo da greve, pois não conseguia entender como um
movimento paredista queria se manter vivo sem objetividade, sem direção e dividido. Ele ainda
perguntou aos integrantes CGG quais eram os principais pontos da pauta apresentada
pela federação ao governo e quais as garantias o sindicato daria caso os
servidores sofressem retaliação por parte do governo e da gestão da Ufal, ele teve
o silêncio como resposta.
Em
conversa com a nossa redação, o Ferreira afirmou “que não é contra a greve, como muitos estão socializando nas redes sociais, ele só não
concorda com os métodos que estão sendo utilizados, onde os técnicos
administrativos estão sendo usados como massa de manobra dos partidos de
ultra-esquerda com o objetivo único, estarem em evidência nesse ano de eleição,
e a prova disso é a falta de transparência nos informes nacionais da Fasubra, como também foi em
todo processo de negociação com o governo”.
No
final das falas, por ampla maioria, os servidores de Arapiraca deliberaram
favoráveis a adesão de 100% a greve, com o fechamento total do Campus a partir
da próxima segunda-feira (31/3).
Na
próxima terça-feira, 1º de abril, a diretora reitoriana, Eliane Cavalcante, eleita
pela maioria esmagadora dos votos no campus arapiraquense, assumirá a unidade
com as portas fechadas por causa da paralisação, esse será o seu primeiro
teste. Como a Eliane se sairá diante dessa situação de conflito? Pois a greve é sempre
sinônimo de comprometimento de ano letivo nas universidades, pois os professores não poderão
exercer suas atividades sem o apoio dos TAE’s.
Fonte: Ufalsindical
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