No encontro do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do ANDES-SN realizado em junho, os docentes decidiram por aderir à paralisação conjunta dos servidores públicos federais e fazer também desta data um Dia Nacional de Luta e mobilização em prol do plano de carreira docente defendido pelo Sindicato Nacional.
Diante do descaso e de falta de contraproposta por parte do governo, os servidores públicos federais (SPF) vão mais uma vez às ruas para exigir uma resposta às reivindicações conjuntas da Campanha 2011. A campanha unificada reúne em um mesmo fórum representantes de 32 entidades, sendo três centrais sindicais (CSP-Conlutas, CTB e CUT). Entidades como a Fasubra e a Fenajufe já decretaram greve.
Depois de reuniões infrutíferas com o Ministério do Planejamento (MP) e três Marchas Nacionais, os SPF decidiram por realizar uma grande paralisação em todo o país, no dia 5 de julho, para mobilizar a opinião pública e pressionar o governo a iniciar negociação efetiva com os servidores públicos. No último encontro com o governo, que aconteceu durante a marcha do dia 16/6, o secretário de Relações Sindicais do MP, Duvanier Paiva, deixou claro, mais uma vez, que não há compromisso desse governo em apresentar uma proposta, ainda que ele diga que, até o dia 5/7, quando acontece uma nova reunião, fará todos os esforços nesse sentido.
Para que o governo faça valer sua palavra e trate com respeito e seriedade as reivindicações apresentadas, os servidores federais irão ocupar as praças de todas as regiões do país. Representantes de várias entidades foram enfáticos ao ressaltar, durante o último ato, que só através da unificação do movimento será possível garantir a negociação em torno de eixos comuns.
Construção da greve
“O ANDES-SN é parte dessa luta. Já estamos discutindo a radicalização do movimento nacional das Ifes, em conjunto com os servidores públicos federais. A partir do dia 5/7, as assembléias de base irão discutir a possibilidade de construção de uma greve geral dos docentes para agosto”, destacou a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa.
Além da reestruturação da carreira, o ANDES- SN apresentou diversas reivindicações que visam garantir a qualidade e autonomia das Universidades Públicas, a qualidade e condições dignas para o exercício profissional, isonomia e garantia no emprego como regra nas Ifes, a democratização das instituições e das relações de trabalho e uma política salarial justa.
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