Correio Braziliense - 27/07/2011
O governo decidiu jogar pesado contra os servidores públicos federais em greve. A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) questionando a mobilização dos funcionários ligados à Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), que chega hoje ao 51º dia de paralisação e prejudica setores estratégicos de 35 instituições de ensino em todo o país. A União pediu que, caso o movimento não seja suspenso, ao menos 70% dos técnicos voltem ao trabalho. A ação pede multa diária de R$ 100 mil para o caso de descumprimento da determinação.
Procurador federal e diretor do Departamento de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal, Hélio Pinto Ribeiro de Carvalho Júnior explicou que a medida busca garantir a continuidade das aulas, das pesquisas e do atendimento nos hospitais universitários. "A greve é um direito constitucional. Mas, por lei, ela deve ser iniciada depois que todas as tentativas de negociação forem frustradas. E não foi isso que ocorreu. Os servidores cruzaram os braços um dia antes da reunião marcada com o governo", alegou.
Léia de Souza Oliveira, coordenadora-geral da Fasubra, disse que a entidade ainda não foi notificada oficialmente sobre a ação no STJ. Só depois disso, a entidade vai realizar assembleia para analisar os rumos da mobilização. "Queremos melhorias como a elevação do piso salarial e não é uma ação judicial que vai para o movimento", avisou.
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