O site do Sindicato
dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (SINTUFAL) publicou uma
matéria sensacionalista em relação a assembleia realizada ontem (8/4) no hall
da reitoria. Com o título: “Técnicos em greve dão reposta ao autoritarismo na Ufal” a versão apresentada pela
assessoria de imprensa da entidade, dar a entender que há um confronto entre a
administração da universidade e servidores em greve.
Na matéria
publicada AQUI foi mostrado que a greve teve o seu objetivo principal desviado
para outro foco de forma proposital para evitar os questionamentos sobre a
expiração do prazo negocial com o governo.
O tema debatido na
assembleia se concentrou unicamente no ataque ao presidente do Conselho Universitário
(CONSUNI/UFAL), por ele não ter dado prioridade a proposta de moção apresentada
pelo sindicato, que pedia apoio do pleno a greve dos técnico-administrativos.
No artigo publicado
no site da entidade, o sindicato afirma que o Lobo se negou a encaminhar o
documento para discussão, quando na verdade, a proposta do sindicato foi aceita
e inclusa entre os diversos temas que estavam para serem analisados pelos
conselheiros, mas pelo avançar da hora, alguns pontos pautados na ordem do dia
deixaram de ser debatidos, pois o presidente fez valer o horário regimental
para o encerramento da sessão.
A indignação dos
coordenadores, Emerson Oliveira e do Jeamerson Santos, não tem fundamento, pois
os nobres dirigentes, de forma impositiva, queriam que o Consuni votasse a
proposta de moção de apoio a greve, sem que os conselheiros tivessem a
oportunidade de previamente analisar o que estava posto.
Outro ponto
abordado no texto da página eletrônica do sindicato foi sobre o carro de som
contratado pelo Comando Geral de Greve (CGG) para dar apoio a manifestação dos
grevistas. Segundo a matéria, o veículo foi impedido de entrar na universidade
e que foi liberado pelos “porteiros” depois de uma passeata de mais de 100
servidores.
Esse fato descrito
no artigo do Sintufal é factoide, pois na assembleia não tinha 70 servidores,
as fotos disponibilizadas na internet confirmam a farsa.
Depois de todo esse
teatro armado pelo CGG, o reitor Eurico Lobo, recebeu os grevistas em seu
gabinete para ouvi-los, o gestor foi questionado sobre sua negativa em relação
a moção proposta pelo comando. O Lobo, de forma solidária ao movimento,
justificou que não houve negativa de sua parte e que o documento apresentado
pelo conselheiro Jeamerson, foi incluso na ordem do dia, mas não tinha indicação
de prioridade, tendo sido colocado na ordem sequencial, ficando como último
ponto de pauta.
O reitor também
afirmou que poderá convocar o conselho para uma sessão extraordinária, especialmente
para tratar do tema, mas a redação do documento precisa ser alterada, pois o
compromete a assumir uma posição contrária ao que está estabelecida na
legislação, ou seja, o obriga a não seguir orientação da Advocacia Geral União
(AGU), pois essa imposição é abusiva e autoritária, pois ele como gestor,
deve acompanhar ou não qualquer orientação vindo do setor jurídico da união,
isso independe de moção.
Os membros do
comando ainda questionaram o reitor se ele tinha alguma posição sobre o corte
de ponto, ele respondeu que ainda está esperando uma posição da Andifes, pois
acompanhará qualquer decisão tomada pela entidade representativa.
Depois
de três
horas de reunião, todos saíram rindo e satisfeitos com o resultado
positivo do
encontro, nem parecia que na assembleia os dirigentes MLCistas trataram o
Lobo como o algoz da categoria. O mais entusiasmado era o retoriano,
Evilázio Freire, que na audiência, passou o tempo todo ao lado do reitor
tendo um
bate-papo paralelo ao tema que estava sendo abordado.
Uso de equipamento de som amplificado, segundo resolução do CONSUNI
É
preciso
esclarecer que uso de equipamento de som amplificado nas unidades da da
Ufal está regulamento através da Resolução nº 63-A/2009-CONSUNI/UFAL, de
24/8/2009 no artigo 6º,
nos diz:
Art. 6º - A
utilização de equipamentos de amplificação de som é restrita aos limites da legislação
vigente, de modo a não interferir nas demais atividades levadas a efeito nos
Campi ou Pólos, nem perturbar o sossego dos residentes nos seus entornos.
A citada resolução,
ainda prever punição aos membros de qualquer dos segmentos da comunidade
universitária que descumprirem os termos estabelecidos.
O
fato do CGG ter se utilizado do fator pressão para a entrada do veículo
no Campus A. C. Simões, descumprindo uma norma estabelecida pelo
Conselho Universitário, poderá influenciar na votação e na aprovação da
proposta encaminhada aquele pleno, pois se o movimento grevista é
incapaz de cumprir uma resolução aprovado pela maior instância de
deliberação da instituição, como pode pleitear do mesmo, o apoio a sua
paralisação?
A
estratégia utilizada pelos comandantes da greve, está indo na contramão
da democracia e transforma o único instrumento de luta do trabalhador
em um movimento revolucionário anarquista.
Agora é esperar pra
ver qual será o próximo passo para tentar manter a greve de fachada na Ufal.
Fonte: Ufalsindical
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