quinta-feira, 10 de abril de 2014

SINTUFAL - Artigo publicado no site da entidade mostra uma realidade fictícia da greve na Ufal

O site do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (SINTUFAL) publicou uma matéria sensacionalista em relação a assembleia realizada ontem (8/4) no hall da reitoria. Com o título:Técnicos em greve dão reposta ao autoritarismo na Ufal” a versão apresentada pela assessoria de imprensa da entidade, dar a entender que há um confronto entre a administração da universidade e servidores em greve.
Na matéria publicada AQUI foi mostrado que a greve teve o seu objetivo principal desviado para outro foco de forma proposital para evitar os questionamentos sobre a expiração do prazo negocial com o governo.
O tema debatido na assembleia se concentrou unicamente no ataque ao presidente do Conselho Universitário (CONSUNI/UFAL), por ele não ter dado prioridade a proposta de moção apresentada pelo sindicato, que pedia apoio do pleno a greve dos técnico-administrativos.
No artigo publicado no site da entidade, o sindicato afirma que o Lobo se negou a encaminhar o documento para discussão, quando na verdade, a proposta do sindicato foi aceita e inclusa entre os diversos temas que estavam para serem analisados pelos conselheiros, mas pelo avançar da hora, alguns pontos pautados na ordem do dia deixaram de ser debatidos, pois o presidente fez valer o horário regimental para o encerramento da sessão.
A indignação dos coordenadores, Emerson Oliveira e do Jeamerson Santos, não tem fundamento, pois os nobres dirigentes, de forma impositiva, queriam que o Consuni votasse a proposta de moção de apoio a greve, sem que os conselheiros tivessem a oportunidade de previamente analisar o que estava posto.  
Outro ponto abordado no texto da página eletrônica do sindicato foi sobre o carro de som contratado pelo Comando Geral de Greve (CGG) para dar apoio a manifestação dos grevistas. Segundo a matéria, o veículo foi impedido de entrar na universidade e que foi liberado pelos “porteiros” depois de uma passeata de mais de 100 servidores.
Esse fato descrito no artigo do Sintufal é factoide, pois na assembleia não tinha 70 servidores, as fotos disponibilizadas na internet confirmam a farsa.
Depois de todo esse teatro armado pelo CGG, o reitor Eurico Lobo, recebeu os grevistas em seu gabinete para ouvi-los, o gestor foi questionado sobre sua negativa em relação a moção proposta pelo comando. O Lobo, de forma solidária ao movimento, justificou que não houve negativa de sua parte e que o documento apresentado pelo conselheiro Jeamerson, foi incluso na ordem do dia, mas não tinha indicação de prioridade, tendo sido colocado na ordem sequencial, ficando como último ponto de pauta.
O reitor também afirmou que poderá convocar o conselho para uma sessão extraordinária, especialmente para tratar do tema, mas a redação do documento precisa ser alterada, pois o compromete a assumir uma posição contrária ao que está estabelecida na legislação, ou seja, o obriga a não seguir orientação da Advocacia Geral União (AGU), pois essa imposição é abusiva e autoritária, pois ele como gestor, deve acompanhar ou não qualquer orientação vindo do setor jurídico da união, isso independe de moção.
Os membros do comando ainda questionaram o reitor se ele tinha alguma posição sobre o corte de ponto, ele respondeu que ainda está esperando uma posição da Andifes, pois acompanhará qualquer decisão tomada pela entidade representativa.
Depois de três horas de reunião, todos saíram rindo e satisfeitos com o resultado positivo do encontro, nem parecia que na assembleia os dirigentes MLCistas trataram o Lobo como o algoz da categoria. O mais entusiasmado era o retoriano, Evilázio Freire, que na audiência, passou o tempo todo ao lado do reitor tendo um bate-papo paralelo ao tema que estava sendo abordado. 
Uso de equipamento de som amplificado, segundo resolução do CONSUNI
É preciso esclarecer que uso de equipamento de som amplificado nas unidades da da Ufal está regulamento através da Resolução nº 63-A/2009-CONSUNI/UFAL, de 24/8/2009 no artigo 6º, nos diz:
Art. 6º - A utilização de equipamentos de amplificação de som é restrita aos limites da legislação vigente, de modo a não interferir nas demais atividades levadas a efeito nos Campi ou Pólos, nem perturbar o sossego dos residentes nos seus entornos.
A citada resolução, ainda prever punição aos membros de qualquer dos segmentos da comunidade universitária que descumprirem os termos estabelecidos.
O fato do CGG ter se utilizado do fator pressão para a entrada do veículo no Campus A. C. Simões, descumprindo uma norma estabelecida pelo Conselho Universitário, poderá influenciar na votação e na aprovação da proposta encaminhada aquele pleno, pois se o movimento grevista é incapaz de cumprir uma resolução aprovado pela maior instância de deliberação da instituição, como pode pleitear do mesmo, o apoio a sua paralisação? 
A estratégia utilizada pelos comandantes da greve, está indo na contramão da democracia e transforma o único instrumento de luta do trabalhador em um movimento revolucionário anarquista. 
Agora é esperar pra ver qual será o próximo passo para tentar manter a greve de fachada na Ufal.
Fonte: Ufalsindical

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