A greve deflagrada no dia 17 de março pelas as bases sindicais da
Federação de Sindicatos dos Trabalhadores em Universidades Brasileiras
(FASUBRA) entra no seu 17º dia sem grandes mudanças na conjuntura pretendida
pela ultra-esquerda da entidade.
O prazo para o governo realizar qualquer negociação orçamentária com
impacto financeiro se encerra nesta no próximo sábado (5), conforme a Lei nº 9.504/1997, mas até o presente
momento não houve qualquer mudança ao que foi posto no Ofício nº 56-GAB/SESu/MEC.
Sindicalista, ativistas e servidores começam a questionar em suas bases
o que rumo à greve irá tomar sem a possibilidade de negociação vedada pela Lei
Eleitoral, alguns já começam a pregar a saída da greve para evitar a total
desmoralização do movimento paredista, outros defendem a manutenção até a copa
do mundo.
A grande questão é como irão manter uma greve de fachada por tanto
tempo? Pois muitos grevistas já estão retornando ao trabalho, pois já
perceberam que manobra tem outros interesses que não são sindicais e sim,
político-partidário.
Numa tentativa de conter a debandada do grevista, o Coordenador Geral da
Fasubra, Gibran Jordão, integrante do Partido Socialista dos Trabalhadores
Unificado (PSTU), publicou na internet um texto fazendo uma análise da atual
conjuntura política do país e usa os números do Instituto Brasileiro de Opinião
Pública e Estatística (IBOPE) para dar a entender que greve está forte seu
efeito está se refletindo nas pesquisas. Vejamos uns trechos:
“Segundo pesquisa IBOPE, 65% da população reprovam a política do governo
para a educação e 77% reprovam a saúde. Essa mesma pesquisa demonstrou que
aprovação do governo Dilma caiu 7 pontos... Quantos
pontos mais o governo está disposto a perder nas pesquisas para derrotar a
nossa greve?”
O discurso do Jordão nada tem a ver com a batalha do trabalhador das
universidades, que há anos luta para ser valorizado, ter um piso salarial digno
que garanta a sua sobrevivência e da família, essa batalha independe de
pesquisa A ou B.
Prega-se nas assembleias que trabalhador que defende patrão não é digno,
é um pelego. Ora! Desde quando trabalhador é inimigo de patrão, desde quando
uma categoria composta de advogados, engenheiros, médicos, enfermeiros,
nutricionistas e muitos outros profissionais, são inimigos do governo?
Esse discurso, comum aos ultra-revolucionários, está sendo disseminado
no meio dos trabalhadores, e quem pensa contrário aos camaradas, sofrem
perseguição, pois a falta de respeito com os que discordam é geral, esses
trabalhadores estão sendo hostilizados e expulsos do convívio dos
colegas, até mesmo nas redes sociais da internet.
A Greve de Fachada, como está sendo conhecida, está sendo um exercício
para os partidos nanicos treinarem o seu poder de mobilização das massas que
eles têm sob controle.
Até quando o Técnico-Administrativo em Educação (TAE) vai se deixar
manipular?
Fonte: Ufalsindical
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