quarta-feira, 23 de abril de 2014

Planejamento diz que não atenderá itens reivindicados pelos servidores federais

O Ministério do Planejamento formalizou em documento (veja aqui) respostas à pauta da Campanha Salarial 2014 dos servidores federais. Em audiência pública realizada nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados, o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, reforçou que o governo considera que está cumprindo os acordos firmados com diversas categorias, ainda que cláusulas permaneçam estagnadas. Para a Condsef um exemplo claro está no termo de acordo número 11 (veja aqui) que assegura negociação para discutir itens urgentes da pauta dos servidores do Executivo. No entanto, desde agosto de 2012, quando da assinatura do termo, nenhum avanço significativo foi alcançado em direção ao acordado. Na audiência também foi ponderada a necessidade de antecipação da parcela de reajuste prevista para 2015; um pleito justo baseado em estudo feito pela subseção do Dieese na Condsef que mostra que a previsão da inflação superou o que o governo previa para o período. Nem o reajuste de benefícios para o Executivo, como o auxílio-alimentação, sinalizado inicialmente como possibilidade, está sendo considerado pelo governo.
Com a conjuntura cada vez mais desfavorável, os servidores seguem discutindo como reagir para conquistar as demandas mais urgentes colocadas. A postura do governo cristalizada e inflexível não está deixando opções aos servidores que não o de pressionar pelo cumprimento de acordos estagnados. As atividades de pressão e a mobilização em torno das reivindicações colocadas devem continuar. Entre as próximas atividades está um dia nacional em memória das vítimas de acidentes de trabalho apontado para 28 de abril. No dia 1º de maio mais atos devem acontecer nos estados reforçando a luta dos servidores em busca de atendimento de sua pauta de reivindicações. No dia 6 de maio a Condsef realiza uma reunião com o seu Conselho Deliberativo de Entidades (CDE). Dia 7, um ato nacional com marcha à Brasília está previsto. No dia 8 a Condsef agendou nova plenária nacional para que a categoria siga discutindo processo de mobilização.
Inconformados com razão – Na semana passada, um artigo publicado pelo jornalista, analista político e diretor do Diap, Antônio Augusto de Queiroz, apontou motivos que dão sentido à irritação dos servidores com o governo. Além de destacar que as reivindicações colocadas pela categoria são absolutamente justas, Queiroz destaca que a lógica fiscalista e fazendária adotada pelo governo Dilma em relação aos servidores tem sido a principal razão da perda de apoio junto ao funcionalismo público que teve papel importante em sua eleição em 2010. Leia o artigo completo clicando aqui.
Se quiserem lutar por avanços nos processos de negociação com o governo os servidores devem acompanhar o calendário de atividades proposto em defesa da categoria e dos serviços públicos. O objetivo é intensificar as pressões junto ao governo para conquistar avanços nas negociações que seguem estagnadas.
Fonte: Condsef

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