O Ministério do
Planejamento formalizou em documento (veja
aqui) respostas à pauta da Campanha Salarial 2014 dos servidores federais.
Em audiência pública realizada nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados, o
secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, reforçou que o governo
considera que está cumprindo os acordos firmados com diversas categorias, ainda
que cláusulas permaneçam estagnadas. Para a Condsef um exemplo claro está no
termo de acordo número 11 (veja
aqui) que assegura negociação para discutir itens urgentes da pauta dos
servidores do Executivo. No entanto, desde agosto de 2012, quando da assinatura
do termo, nenhum avanço significativo foi alcançado em direção ao acordado. Na
audiência também foi ponderada a necessidade de antecipação da parcela de
reajuste prevista para 2015; um pleito justo baseado em estudo feito pela
subseção do Dieese na Condsef que mostra que a previsão da inflação superou o
que o governo previa para o período. Nem o reajuste de benefícios para o
Executivo, como o auxílio-alimentação, sinalizado inicialmente como
possibilidade, está sendo considerado pelo governo.
Com a conjuntura
cada vez mais desfavorável, os servidores seguem discutindo como reagir para conquistar
as demandas mais urgentes colocadas. A postura do governo cristalizada e
inflexível não está deixando opções aos servidores que não o de pressionar pelo
cumprimento de acordos estagnados. As atividades de pressão e a mobilização em
torno das reivindicações colocadas devem continuar. Entre as próximas
atividades está um dia nacional em memória das vítimas de acidentes de trabalho
apontado para 28 de abril. No dia 1º de maio mais atos devem acontecer nos
estados reforçando a luta dos servidores em busca de atendimento de sua pauta
de reivindicações. No dia 6 de maio a Condsef realiza uma reunião com o seu
Conselho Deliberativo de Entidades (CDE). Dia 7, um ato nacional com marcha à
Brasília está previsto. No dia 8 a Condsef agendou nova plenária nacional para
que a categoria siga discutindo processo de mobilização.
Inconformados com razão – Na semana passada,
um artigo publicado pelo jornalista, analista político e diretor do Diap,
Antônio Augusto de Queiroz, apontou motivos que dão sentido à irritação dos
servidores com o governo. Além de destacar que as reivindicações colocadas pela
categoria são absolutamente justas, Queiroz destaca que a lógica fiscalista e
fazendária adotada pelo governo Dilma em relação aos servidores tem sido a
principal razão da perda de apoio junto ao funcionalismo público que teve papel
importante em sua eleição em 2010. Leia o artigo completo clicando
aqui.
Se quiserem lutar
por avanços nos processos de negociação com o governo os servidores devem
acompanhar o calendário de atividades proposto em defesa da categoria e dos
serviços públicos. O objetivo é intensificar as pressões junto ao governo para
conquistar avanços nas negociações que seguem estagnadas.
Fonte: Condsef
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