Alunos reunidos no intervalo das aulas |
Na última
sexta-feira (29/3) servidores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Campus
Arapiraca, aprovaram em reunião com o Comando Geral de Greve (CGG) a adesão a
paralisação de 100% da unidade arapiraquense. Passados uma semana, a unidade
continua em plena atividade, nem parece que os servidores estão em greve.
Segundo informações
de pessoas ligadas a gestão do campus que não quiseram se identificar, afirmaram que “o funcionamento da unidade é de 90%, e não houve
intervenção nenhuma da parte da administração, no sentido de pressionar os trabalhadores
a voltar ao trabalho, pois uma decisão coletiva da categoria deve ser
respeitada”.
Temos informações
que alguns trabalhadores estão sendo hostilizados por pessoas que querem a todo
custo que a decisão da categoria seja cumprida a risca. Em reunião realizada na
manhã de ontem, quinta-feira (3/4), foi dito em alto e bom som, “que quem estivesse na reunião e fosse se
posicionar contra o movimento, que ficasse calado ou se retirasse”, tamanho o
estado de democratização dos debates em torno do tema.
Em
plena comemoração
dos 50 anos do golpe militar no Brasil, onde o país viveu uma ditadura
implacável, onde os direitos constitucionais dos cidadãos foram
usurpados, o congresso
nacional foi fechado, governantes foram depostos de seus cargos e
expulsos do país, juntamente
com centenas de brasileiros, isso sem falar das torturas e mortes de
muitos
trabalhadores que se opuseram ao regime e dos inúmeros desaparecimentos
de pessoas, ainda encontramos numa simples reunião como esta que ocorreu
em
Arapiraca, práticas não muito diferente das de outrora.
A
greve dos
servidores das universidades federais tem se tornado uma praça de
guerra nas redes sociais, os grupos de ultra-esquerda que é majoritário
na direção
da federação, promove a maior perseguição às pessoas que discordam do
movimento, a ponto de oprimir, assediar moralmente chamando-as de
pelegas,
agentes do governo infiltrados na categoria e muitos outros absurdos.
Agora eu me
pergunto: Voltamos no tempo? Ou queremos implantar novamente um regime
totalitário na nossa federação? Pensemos nisso.
Fonte: Ufalsindical
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