quinta-feira, 8 de maio de 2014

Marcha dos SPFs em Brasília foi um vexame

Depois da Marcha da Fasubra na terça-feira (6/5), na quarta-feira (7/5) foi a vez do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais invadir as ruas de Brasília com a Marcha dos SPFs em protesto contra a intransigência do governo em não atender as reivindicações da categoria.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, o evento tinha cerca de 2 mil pessoas, que também contou a participação dos caravaneiros da Fasubra e Sinasefe, as duas entidades haviam marchado no dia anterior.
Os SPFs desde 2013 se prepararam para iniciar neste ano a campanha salarial 2014, muitas entidades estavam engajadas nesse projeto de luta, depois de várias tentativas de mobilizar os sindicatos de bases, em janeiro deste ano as entidades nacionais, baseadas no fracasso dos fóruns estaduais, descartaram uma greve geral, essa posição pegou a Fasubra de surpresa, pois em 2013 a federação estava mobilizada para deflagrar uma greve pelos mesmos motivos atuais, mas seus dirigentes da majoritária convenceram a categoria a esperar pela greve que estava sendo construída pelos SPFs.
A marcha dos federais foi a maior decepção já vista durante o governo petista, pois em ano de Copa do Mundo, eleição e uma forte mobilização de grupos contrário ao evento da Fifa, ninguém esperava o fracasso do movimento paredista.
Os federais encerraram a Marcha e se juntaram a Fasubra e o Sinasefe em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamente e Gestão (MPOG) para protestar.
Para Marinalva Oliveira, integrante da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas e Presidente do ANDES-SN, indignada pela falta de abertura de negociação com o governo, afirmou que a Marcha foi vitoriosa e convocou as categorias a intensificar a mobilização para forçar o governo a negociar com os federais. A Marinalva só esqueceu de dizer que, apesar dos SPFs estarem pressionando para que haja a abertura de negociação, o Andes está em plena negociação com governo, inclusive já fechou acordo em alguns pontos de sua pauta.
O Secretario Executivo da CSP-Conlutas, Paulo Barela, que também é integrante do fórum, afirmou que "As greves estão acontecendo e, na segunda quinzena de maio, entram em greve os servidores do Judiciário Federal... "Há uma tendência que até junho mais greves venham a ocorrer". Essa informação só confirma que os movimentos paredistas de diversas categorias tem um único objetivo, atender a convocação do Zé Maria (PSTU) que no último programa do partido exibido em rede nacional de rádio e TV, convocou a todos a retomar as passeatas durante a Copa do Mundo.
Seguindo a mesma linha de raciocínio do Barela e atendendo a convocação do correligionário do PSTU, o Marizar Mansiglia, dirigente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF), diante da militância, lembrou da importância da manutenção das lutas durante a realização da Copa do Mundo, e afirmou que na “Copa vai ter luta”. O discurso prova a manipulação das várias categorias pelos dirigentes que estão a frentes das principais entidades sindicais do serviço público federal. O governo já percebeu a manobra, e joga duro contra a estratégia revolucionária.
Na reunião com as representações dos servidores da educação federal, o governo sentindo a fragilidade do movimento paredista e a falta de recursos das entidade sindicais, pediu para os grevistas esperarem até 22 de maio para dar uma resposta aos seu pleitos.
Vamos aguardar para ver o que a ultra-esquerda sindical vai fazer daqui pra lá.
Fonte: Ufalsindical

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