Depois da Marcha da
Fasubra na terça-feira (6/5), na quarta-feira (7/5) foi a vez do Fórum das
Entidades Nacionais dos Servidores Federais invadir as ruas de
Brasília com a Marcha dos SPFs em protesto contra a
intransigência do governo em não atender as reivindicações da categoria.
Segundo
a Polícia Militar do Distrito Federal, o evento tinha cerca de 2 mil pessoas,
que também contou a participação dos caravaneiros da Fasubra e Sinasefe, as duas
entidades haviam marchado no dia anterior.
Os SPFs desde 2013
se prepararam para iniciar neste ano a campanha salarial 2014, muitas entidades
estavam engajadas nesse projeto de luta, depois de várias tentativas de mobilizar os
sindicatos de bases, em janeiro deste
ano as entidades nacionais, baseadas no fracasso dos fóruns estaduais,
descartaram uma greve geral, essa posição pegou a Fasubra de surpresa, pois em
2013 a federação estava mobilizada para deflagrar uma greve pelos mesmos motivos
atuais, mas seus dirigentes da majoritária convenceram a categoria a esperar pela greve que
estava sendo construída pelos SPFs.
A marcha dos
federais foi a maior decepção já vista durante o governo petista, pois em ano
de Copa do Mundo, eleição e uma forte mobilização de grupos contrário ao evento
da Fifa, ninguém esperava o fracasso do movimento paredista.
Os federais
encerraram a Marcha e se juntaram a Fasubra e o Sinasefe em frente ao
Ministério do Planejamento, Orçamente e Gestão (MPOG) para protestar.
Para Marinalva
Oliveira, integrante da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas e Presidente do
ANDES-SN, indignada pela falta de abertura de negociação com o governo, afirmou
que a Marcha foi vitoriosa e convocou as categorias a intensificar a
mobilização para forçar o governo a negociar com os federais. A Marinalva só
esqueceu de dizer que, apesar dos SPFs estarem pressionando para que haja a abertura
de negociação, o Andes está em plena negociação com governo, inclusive já
fechou acordo em alguns pontos de sua pauta.
O Secretario Executivo da CSP-Conlutas, Paulo
Barela, que também é integrante do fórum, afirmou que "As
greves estão acontecendo e, na segunda quinzena de maio, entram em greve os
servidores do Judiciário Federal... "Há uma tendência que até junho mais
greves venham a ocorrer". Essa informação só confirma que os
movimentos paredistas de diversas categorias tem um único objetivo, atender a
convocação do Zé Maria (PSTU) que no último programa do partido exibido em rede
nacional de rádio e TV, convocou a todos a retomar as passeatas durante a Copa
do Mundo.
Seguindo a mesma
linha de raciocínio do Barela e atendendo a convocação do correligionário do
PSTU, o Marizar Mansiglia, dirigente da Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal (CONDSEF), diante da militância, lembrou da
importância da manutenção das lutas durante a realização da Copa do Mundo, e
afirmou que na “Copa vai ter luta”. O discurso prova a manipulação das várias
categorias pelos dirigentes que estão a frentes das principais entidades sindicais
do serviço público federal. O governo já percebeu a manobra, e joga duro contra
a estratégia revolucionária.
Na reunião com as
representações dos servidores da educação federal, o governo sentindo a
fragilidade do movimento paredista e a falta de recursos das entidade sindicais,
pediu para os grevistas esperarem até 22 de maio para dar uma resposta aos seu
pleitos.
Vamos aguardar para
ver o que a ultra-esquerda sindical vai fazer daqui pra lá.
Fonte: Ufalsindical
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