Na manhã desta
quarta-feira (7/5) os técnico-administrativos em educação da Fasubra e do Sinasefe
se concentraram em frente ao prédio do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão (MPOG) para pressionar o governo a receber os manifestantes,
e como estratégia, eles fecharam a entrada de acesso as repartições, impedindo a
passagem dos funcionários enquanto não fossem recebidos.
O Secretário de
Relações de Trabalho do MPOG, Sérgio Mendonça, decidiu receber uma comissão dos
grevistas para conversar, pois essa era a exigência dos manifestantes para
permitir a liberação de acesso ao prédio. Alguns militantes comemoraram o feito
como se tivesse sido uma vitória da categoria. O Secretário de Ensino Superior
do MEC, Paulo Speller, também esteve presente juntamente com outros assessores.
A
representação
fasubriana, todo tempo alegou que nessa greve o governo não negociou com
a
categoria e que a paralisação só foi deflagrada para pressionar a
abertura da mesa de
negociação. A afirmação não condiz com a realidade dos fatos, pois no
meses de
fevereiro e março, antes da greve, a DN da federação se reuniram com
estes mesmos
secretários para discutir os pontos das reivindicações aprovada na
plenária da categoria, inclusive na primeira reunião o Coordenador Geral
Fasubra, Gibran
Jordão, disse: “Gostaríamos de dialogar... sobre a possibilidade concreta e real algum
ganho, de alguma negociação com ganho pra categoria em relação a esses grupo de
trabalho, seja nesses que tenham algum impacto financeiro, seja nos grupos de
trabalho que na nossa opinião não tenha impacto financeiro... se a gente
conseguisse avançar nisso, a gente evitaria, inclusive o conflito que está
estabelecido...”. Com essas palavras, o Jordão sinalizou uma possível negociação,
antes mesmo da deflagração da greve, mas depois esqueceu tudo e agiu como se
nada tivesse dito.
Na reunião de hoje
a estratégia da amnésia revolucionária voltou a tona, no site da federação foi
publicado um artigo que tenta passar a informação que o governo nunca havia
demonstrado disposição para negociar com a categoria, quando na verdade ele não
só se reuniu com os representantes da Fasubra, como apresentou sua proposta
dentro dos pontos da pauta discutida que resultou no Oficio nº
56/2014-GB/SESu/MEC que segundo
o Ofício nº 050/14-SEC a proposta foi rejeitada pela categoria.
O resultado da
reunião foi inexpressivo em relação a pretensão dos grevistas, a única resposta
que CNG obteve dos representantes, é que a proposta anterior feita
anteriormente está mantida, mas pela insistência dos comandantes e para se
livrar deles, os secretários fizeram uma promessa de que consultarão os
ministros, e pediram até o dia 22 de maio para responder a categoria sobre a
possibilidade se reabertura ou não a mesa de negociação.
A tática do governo
é vencer a greve pelo cansaço, pois ele sabe que o movimento paredista está
quase sem pernas para continuar essa peleja, ou seja, daqui a 15 dias a
paralisação terá se enfraquecido e o não como resposta obrigará os seus líderes
a estudar a proposta já apresentada ou continuarão sem nada para a categoria.
Como disse o
Coordenador de Administração e Finanças, Rolando Malvásio: “Se lutarmos muito, muito, muito
pode ser que consigamos algumas coisas, pequenas coisas...”. Pequenas
ou grandes o governo já apresentou sua proposta, cabe a categoria aceitar ou
esperar até 2015 ou talvez 2016, vai depender da disposição dos TAE’s.
Fonte: Ufalsindical
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