Na última terça-feira (29/4) a Ministra do Planejamento, Miriam
Belchior, durante audiência na Comissão Mista de Planos de Orçamento Público e Fiscalização (CMO) realizada no Congresso
Nacional para discutir o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2015)
falou sobre o salário do funcionalismo público federal, a fala não agradou os
representantes das categorias que estão em greve, principalmente a Federação
de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino
Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) em greve desde 17 março.
A ministra foi categórica em afirmar que, apesar das constantes
demonstrações de insatisfação do funcionalismo, não teme greves de servidores
públicos durante a Copa do Mundo. "É um direito das pessoas se
manifestarem. Porém, temos um acordo assinado até 2015 com 99,7% das
categorias", alertou.
A declaração da
Belchior coloca em cheque o movimento paredista da federação, que está
apostando todas as cartas na caravana de amanhã, terça-feira (6/5) e na marcha
organizada pelo Fórum dos Servidores Públicos Federais na quarta-feira (7/5),
os dois eventos tem o objetivo de pressionar o governo a abrir negociações.
No mês fevereiro a
federação se reuniu na Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) para tratar da
pauta da categoria, naquela ocasião os representantes do governo deixaram claro
que o governo não negociaria reajuste salarial porque tinha um acordo de greve
em vigência assinado em 2012 e que iria até 2015, mesmo assim o governo aceitou
negociar alguns pontos das reivindicações apresentadas.
A
Fasubra se reuniu outras vezes com o governo para tratar com da pauta da categoria,
e o resultado das negociações foram convertidas no Oficio nº
56/2014-GB/SESu/MEC que foi enviado a federação em resposta aos pleitos. Os grupos ligados a
majotária (CSP-Conlutas, Vamos à Luta, Unidos, PS-Livre...) repudiaram a proposta e
convocaram os trabalhadores a rejeitarem e exigissem o cumprimento integral da
pauta aprovados na plenária.
Sem tempo para
ouvir as bases, pois a proposta foi enviada no dia 14/3, três dias antes da
deflagração da greve, o documento passou batido, pois o desejo das lideranças
da majoritária da Fasubra era a greve, independente de proposta do governo ou
não.
Estranhamente, dez
dias após a deflagração, a federação responde a proposta do governo através do
Ofício nº 050/14-SEC. Segundo informações de bastidores, o citado ofício não
foi discutido nas assembleias de sindicatos de bases, como também, não passou
pelo Comando Nacional de Greve (CNG) para ser debatido e ser deliberado, ou
seja, a documento enviado ao governo foi um golpe no comando.
Essa semana será
decisiva para o movimento paredista da Fasubra, pois a entidade acredita que a
caravana e a marcha do SPF’s sensibilizará o governo a reabrir negociação com a
categoria, só não sabem o que vão fazer caso as portas continuarem fechadas.
Fonte: Ufalsindical
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