terça-feira, 13 de maio de 2014

Conselho da Ufal retira da pauta a proposta de apoio a greve

Na tarde de ontem, segunda-feira (12/5) aconteceu a tão esperada reunião ordinária do Conselho Universitário (CONSUNI/UFAL), em pauta estava a proposta de moção de apoio a greve dos técnico-administrativos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
O tema tem sido motivo de várias polêmicas que envolvem questões políticas e pessoal. A primeira vez que a proposta chegou a Conselho foi através da representação do Sintufal, que ficou irritada porque a sessão terminou sem que o documento fosse apreciado e votado.
Em assembleia da categoria os dirigentes do sindicato acusaram o reitor de ditador e autoritário por não ter dado prioridade a proposta dos grevistas, mas depois de uma reunião com Eurico Lobo, ele se comprometeu em convocar uma sessão extraordinária só para discutir a moção. Foi feito todo o marketing, a entidade convocou os servidores e os estudantes para participarem daquela que seria a vitória pessoa do Emerson Oliveira em cima da gestão.
Enquanto isso, nos bastidores, o coordenador do jurídico do Sintufal, Maurício Ramon (Dacal) usou as redes sociais para atacar a gestão, ele chamou os diretores de unidades acadêmicas e pró-reitores de marionetes do Lobo, comprometendo toda e qualquer possibilidade de apoio destes dirigentes, haja vista que eles representam a maioria dos votos dentro do colegiado.
No dia da sessão extraordinária aconteceu o que já estava previsto, grande parte dos membros do Conselho não compareceram, nem mesmo os aliados do sindicato, deixando frustrados os poucos que acreditavam na aprovação do documento. Mais uma vez os comandantes da greve sentaram com o reitor e solicitaram que incluísse a moção na pauta da próxima reunião ordinária que aconteceu ontem.
Na sexta-feira (9/5) o comando Geral de Greve (CGG) se reuniu para traçar a estratégia para a sessão, tudo ficou aparentemente esquematizado, até a representação do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFAL) confirmou presença para apoiar a proposta da greve, mas não apareceram, assim como os servidores.
A sessão de ontem (12/5) teve o seu primeiro sinal de derrota. Na reunião com o reitor, o CGG recebeu a informação que o Fórum dos Diretores de Unidades Acadêmicas, havia solicitado a retirada da proposta de moção de apoio a greve da pauta do Consuni.
Os comandantes não quiseram apresentar uma proposta para tentar negociar o impasse e optaram em derrubar a pretensão do fórum na votação no pleno, pois eles acreditavam piamente que conseguiriam, pois estava tudo amarrado com as representações dos três seguimentos.
Minutos antes de iniciar a reunião veio a decepção, os servidores que foram convocados massificamente.  Dos sete conselheiros representantes dos estudantes, só uma marcou presença, até mesmo os professores que apoiam a greve não estiveram presentes, o resultado não poderia ter sido diferente e por 28 a 11 foi retirada a proposta da moção.
Os conselheiros técnicos que votaram pela manutenção foram: Evilázio Freire, José Jerônimo, Jeamerson Santos e Wellington Pereira, o chefe de gabinete Elias Barbosa, que também é técnico, votou pela retirada da proposta.
Com essa derrota no pleno, a greve de fachada na Ufal tende a acabar, pois sem o seu principal escudeiro, Emerson Oliveira, que está fazendo Turismo Sindical na Capital Federal, junto ao Comando Nacional de Greve (CNG) fica cada vez mais difícil manter esse faz de conta, pois ele conseguia a façanha de tornar uma situação insignificante em um factoide.
Fonte: Ufalsindical

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