Os professores
da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) aprovaram, em assembleia geral
realizada na manhã de ontem, no Centro de Extensão José Farias Nóbrega, greve
por tempo indeterminado a partir do próximo dia 17 deste mês. Com a decisão,
1.200 professores paralisarão suas atividades a partir de quinta-feira e 15 mil
estudantes ficarão sem aulas. Hoje será realizada uma reunião em Brasília (DF),
na sede do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Superior para que seja
oficializada a paralisação.
A reestruturação
da carreira docente, prevista no acordo 04/2011, descumprido pelo Governo
Federal, com a valorização do piso e incorporação das gratificações e melhorias
das condições de trabalho dos docentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (IFES), são as principais reivindicações da classe.
Segundo Gonzalo
Rojas, presidente dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG), a tendência é que a partir de quinta-feira da semana que vem as aulas
sejam suspensas.
"Teremos
essa reunião na sede do sindicato onde será analisada, em conjunto com a
deliberação de outras sessões sindicais, qual será a orientação para a
decretação da greve. Pelo que estamos vendo dos resultados das assembleias de
todo o Brasil, é muito forte a possibilidade de paralisarmos as atividades em
sala de aula, já que o Governo Federal não cumpriu o acordo que nossa categoria
tem proposto", destacou o presidente.
Com o cruzamento
dos braços dos docentes, os sete campi da UFCG, Campina Grande, Patos, Sousa,
Pombal, Cajazeiras, Sumé e Cuité, que totalizam cerca de 15 mil alunos e
superam os 1.200 professores, terão suspensas suas atividades, o que poderá
proporcionar o atraso no andamento dos cursos dos discentes, caso a paralisação
se estenda por mais de um mês. A estudante Ana Mozzer, que cursa o primeiro
período de Psicologia, lamenta a paralisação porque irá atrasar o andamento do
curso. "Entendemos os anseios dos professores, mas não podemos deixar de
ressaltar os prejuízos que os alunos têm com essa decisão", ressaltou.
Fonte: Jornal da Paraíba
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