Depois
do apelo feito pelo ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, para que os professores das instituições federais de ensino
superior suspendam a greve, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições
de Ensino Superior (Andes) declarou, no fim da tarde de hoje, que a paralisação
continua até que o governo apresente uma nova proposta para suas
reivindicações.
A
presidente do Andes, Marina Barbosa, afirmou que o fato de o ministro ter feito
o apelo demonstra a força da greve, que já conta com a adesão de 44
instituições, apoio de estudantes e discussão entre os docentes. De acordo com
Marina, não houve nenhum fato novo que alterasse o curso da paralisação.
“O
debate está acontecendo desde agosto de 2010. O dia 31 de março era o prazo
definitivo para o governo apresentar a reestruturação da carreira, fechado a
partir de um acordo emergencial feito em agosto de 2011. O processo corrido não
justifica o atraso que ocorreu, nem a posição irredutível que o governo tem
mantido na mesa de negociação. Não apresentaram nenhuma proposta”.
Os
professores ganharam aumento de 4% e incorporação de algumas gratificações
retroativas a março. Porém, Marina diz que a promessa de reestruturação da
carreira não foi cumprida.
“Estamos
há praticamente dois anos negociando e não há predisposição do governo em
movimentar suas peças no tabuleiro. E as condições de trabalho estão
precarizadas, com muita crise ocorrida no processo de expansão das
universidades”, disse.
A
greve nacional das universidades federais começou no último dia 17. Segundo o
Andes, o movimento continuam até que o governo apresente uma proposta para ser
levada às assembleias para análise da categoria.
Entre
as revindicações dos professores está a incorporação de gratificações,
acréscimo de titulação, melhores condições de trabalho e restruturação do plano
de carreira nos campi criados com o Reuni.
Os
professores também pedem aumento do piso salarial dos atuais R$ 557,51 para R$
2.329,35, valor calculado pelo Dieese como salário mínimo para suprir as
necessidades previstas na Constituição Federal.
Fonte: Agência
Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário