Em assembleia realizada na manhã desta
quinta-feira (17), os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
decidiram decretar greve. A ata foi assinada por 218 professores, dos quais 189
votaram a favor da paralisação, 17 contra e 12 se abstiveram.
A mobilização é de caráter nacional. Em
Pernambuco, os docentes da Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE) e da Universidade Federal do Vale do
São Francisco (Univasf) já paralisaram as atividades.
Os professores protestam contra a situação
da carreira atual dos docentes e a estagnação nas negociações com o governo
para um rejuste salarial. De acordo com o presidente da Associação dos Docentes
da UFPE (Adufepe), Jaime Mendonça, o governo não cumpriu o acordo feito em
2011. O acordo garantia um reajuste de 4% a partir de março deste ano,
incorporação da gratificação específica do magistério superior (Gemas) e
compromisso de reestruturar as carreiras do magistério superior e ensino básico,
técnico e tecnológico.
GREVES - A última paralisação, também de caráter nacional, foi
em 2005 e durou cerca de três meses. A principal reivindicação era de um
reajuste de 18%. Essa greve acabou sem que houvesse possibilidade de negociação
com o governo federal.
Dois anos antes, em 2003, 28 centros de
ensino federais tiveram as atividades paralisadas por quase dois meses, de
julho a setembro. O protesto era pela retirada da PEC 40, que tratava da
Reforma da Previdência. Ao final, se manteve a paridade entre ativos e
aposentados.
Em 2001, a UFPE e outras 53 unidades
pararam para reivindicar reajuste de 75,58%, além da abertura de 8 mil vagas e
da incorporação ao Gemas. Foram abertas 2 mil vagas e o reajuste variou entre
8% e 15%.
No ano anterior, os professores ficaram
aproximadamente três meses de braços cruzados para que houvesse uma reposição
de 64% e que os investimentos aumentassem. O resultado foi o impedimento do
projeto de autonomia do Ministério de Educação (MEC).
A paralisação anterior contou com apoio dos
estudantes e até com greve de fome de 14 professores em todo o Brasil. Foram
mais de três meses parados, pedindo reajuste de 48,65%, recomposição do quadro
de docentes e ampliação das vagas nas universidades. Entretanto, nenhum item da
pauta foi conquistado.
Fonte: NE10
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