quinta-feira, 17 de maio de 2012

Professores da UFPE entram em greve


Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (17), os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiram decretar greve. A ata foi assinada por 218 professores, dos quais 189 votaram a favor da paralisação, 17 contra e 12 se abstiveram.
A mobilização é de caráter nacional. Em Pernambuco, os docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) já paralisaram as atividades.
Os professores protestam contra a situação da carreira atual dos docentes e a estagnação nas negociações com o governo para um rejuste salarial. De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Jaime Mendonça, o governo não cumpriu o acordo feito em 2011. O acordo garantia um reajuste de 4% a partir de março deste ano, incorporação da gratificação específica do magistério superior (Gemas) e compromisso de reestruturar as carreiras do magistério superior e ensino básico, técnico e tecnológico.
GREVES - A última paralisação, também de caráter nacional, foi em 2005 e durou cerca de três meses. A principal reivindicação era de um reajuste de 18%. Essa greve acabou sem que houvesse possibilidade de negociação com o governo federal.
Dois anos antes, em 2003, 28 centros de ensino federais tiveram as atividades paralisadas por quase dois meses, de julho a setembro. O protesto era pela retirada da PEC 40, que tratava da Reforma da Previdência. Ao final, se manteve a paridade entre ativos e aposentados.
Em 2001, a UFPE  e outras 53 unidades pararam para reivindicar reajuste de 75,58%, além da abertura de 8 mil vagas e da incorporação ao Gemas. Foram abertas 2 mil vagas e o reajuste variou entre 8% e 15%.
No ano anterior, os professores ficaram aproximadamente três meses de braços cruzados para que houvesse uma reposição de 64% e que os investimentos aumentassem. O resultado foi o impedimento do projeto de autonomia do Ministério de Educação (MEC).
A paralisação anterior contou com apoio dos estudantes e até com greve de fome de 14 professores em todo o Brasil. Foram mais de três meses parados, pedindo reajuste de 48,65%, recomposição do quadro de docentes e ampliação das vagas nas universidades. Entretanto, nenhum item da pauta foi conquistado.
Fonte: NE10

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