quinta-feira, 24 de maio de 2012

Professores de todos os campi da UFMT aderiram à greve, diz Sindicato


A Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) informou nesta quarta-feira (23) que todos os campi da universidade federal estão em greve. O campus de Rondonópolis, cidade 218 km distante de Cuiabá, que tem um sindicato independente, também declarou adesão ao movimento grevista dos professores.
De acordo com Antônio Gonçalves Vicente, presidente da Adufmat de Rondonópolis, a categoria já estava em greve desde a última quinta-feira (17). Porém, os professores se reuniram nessa terça-feira(22) para deliberar sobre a pauta local. “Estamos em conformidade com a reivindicação nacional dos professores. Mas, também estamos nos reunindo para discutir a pauta local, daqui de Rondonópolis, já que o sindicato é independente do de Cuiabá”, relatou o sindicalista.
Em assembleia com os professores do Campus Universitário do Araguaia, o secretário da Adufmat, Adenil Claro, relatou que na reunião os professores ratificaram que estão em greve junto com a categoria de Cuiabá. “Hoje todos os campi da UFMT estão em greve”, afirmou.
Após se reunirem em um comando de greve local para avaliar a situação do movimento, os sindicalistas informaram que a categoria está unida na adesão da greve no estado. “Cerca de 45 instituições estão paralisadas no Brasil. Em Mato Grosso, 100% dos campi estão paralisados”, confirmou Tomás Boaventura, professor do departamento de história da UFMT.
Os 1,6 mil professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) devem se reunir nesta quinta-feira (24) para avaliar o andamento da greve geral da categoria. A paralisação da UFMT faz parte de uma mobilização nacional.
Segundo a assessoria da Adufmat, não estará em pauta nesta reunião o fim do movimento, uma vez que nenhuma proposta foi feita aos profissionais. “A greve continua. Não temos nenhuma previsão de término. Vamos apenas analisar o andamento do movimento”, disse ao G1 o presidente da Adufmat, Carlos Eilert.
A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Lúcia Cavalli Neder, afirmou em entrevista ao G1 que concorda com as reivindicações dos professores que decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado. “Entendemos as reivindicações dos professores como justas”, declarou a reitora. Ela também admitiu que o salário atual do professor está “defasado”. No entanto, ela acredita que a greve vai atrasar o calendário escolar prejudicando os 1.600 docentes e quase 20 mil acadêmicos. A reitora confirmou presença na assembleia desta quinta-feira.
Revindicação
A categoria cobra do governo federal que seja cumprido um acordo assinado em abril de 2011. O acordo garante reajuste salarial de 4%, incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas) e reestruturação da Carreira Docente.
Para resolver este impasse, a presidente Dilma Rousseff publicou no Diário Oficial da União uma Medida Provisória que reajusta os salários dos servidores públicos federais. Segundo o governo, os aumentos serão retroativos ao mês de março deste ano. No entanto, os professores alegam que a medida não contempla a criação do chamado Plano de Cargo, Carreira e Salário (PCCS).
Sem aulas
Conforme dados do Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes), os professores de 44 das 59 universidades federais do país estão em greve e cerca de um milhão de estudantes estão sem aulas.  O Ministério da Educação deve se reunir na próxima semana com representantes da categoria para buscar uma solução para acabar com a greve.
Ameaça de greve
Os técnicos da UFMT, bem como os técnicos das instituições federais de todo o país, também podem iniciar uma greve no mês de junho. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação da UFMT (Sintuf), Benedito Boaventura, os profissionais esperam até o dia 30 de maio para que a presidente sancione um acordo firmado com o Ministério do Planejamento. “Queremos que eles cumpram o acordo da greve de 2007. Reivindicamos três salários mínimos como piso para a categoria, 5% entre um nível e outro, reposicionamento dos aposentados, além do pagamento do Valor Básico Complementar (VBC)”, disse ao G1.
Fonte: Portal G1

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