quinta-feira, 31 de maio de 2012

Greve atinge 47 instituições federais de nível superior


Professores em greve e alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) fazem passeata pela Av. Paulista. (28/05/2012)


Já chega a 47 o número de instituições federais de ensino superior que aderiram à greve iniciada no dia 17 de maio, segundo balanço do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Dessas, 44 são universidades, do total de 59 federais. A partir desta quinta-feira, professores do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow Fonseca, no Rio de Janeiro (Cefet-RJ), também prometem paralisar suas atividades.
Nesta quarta-feira, segundo o Andes, representantes do sindicato participam da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, onde explicam os motivos da greve e pedem a intervenção dos deputados para a retomada das negociações com o governo. Docentes já estiveram no Senado, onde conversaram com parlamentares e distribuíram uma espécie de kit com informações sobre a mobilização.
Na última segunda-feira, estava prevista uma reunião com o governo para discutir as reivindicações, mas o encontro foi cancelado. A assessoria do Ministério do Planejamento afirma que o governo havia dado o dia 31 de maio como prazo para dar um posicionamento aos docentes, mas eles deflagraram a greve antes. O órgão diz que a reunião foi cancelada porque o governo está reavaliando como tratará a questão.
Entre as reivindicações dos docentes está a reestruturação de um plano de carreira, que teria sido prometido pelo governo federal para março deste ano, com redução de níveis de remuneração (de 17 para 13), variação de 5% entre os níveis e um salário mínimo de 2.329,35 reais referente a 20 horas semanais (atualmente, esse valor é de 1.597,92 reais). Os professores pedem também melhores condições de trabalho e infraestrutura.
Há uma semana, o ministro da Educação, Eloizio Mercadante, concedeu entrevista sobre o assunto, na qual minimizou os problemas de infraestrutura enfrentados por universidades federais e os comparou às "dores do parto". Ele disse ainda que, do ponto de vista das questões salarial e de carreira, não há razões para a paralisação dos docentes. "Não me lembro de nenhuma greve semelhante, sem razão de ser", disse.
Confira a lista completa das universidades e institutos que estão total ou parcialmente paralisados:
Região Norte
- Universidade Federal do Amazonas 
- Universidade Federal de Rondônia
- Universidade Federal de Roraima
- Universidade Federal Rural do Amazonas
- Universidade Federal do Pará
 
- Universidade Federal do Oeste do Pará
 
- Universidade Federal do Amapá
 
- Universidade Federal do Acre 
- Universidade Federal do Tocantins
Região Nordeste
- Universidade Federal do Maranhão 
- Universidade Federal do Piauí
 
- Instituto Federal do Piauí
- Universidade Federal do Semi-Árido
 
- Universidade Federal da Paraíba
 
- Universidade Federal de Campina Grande
 
- Universidade Federal Rural de Pernambuco 
- Universidade Federal de Alagoas 

- Universidade Federal de Sergipe 

- Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
- Universidade Federal do Vale do São Francisco
- Universidade Federal de Pernambuco
Região Sul 
- Universidade Federal do Paraná
- Universidade Federal Tecnológica do Paraná 
- Universidade Federal do Rio Grande 
- Universidade Federal do Pampa
- Universidade Federal de Santa Maria

Região Sudeste
- Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
- Universidade Federal de Uberlândia 

- Universidade Federal de Viçosa 

- Universidade Federal de Lavras 

- Universidade Federal de Ouro Preto 

- Universidade Federal de São João Del Rey
- Universidade Federal de Juiz de Fora 

- Universidade Federal de Alfenas 

- Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
- Centro Federal de Educação Tecnológica de MG
- Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
- Universidade Federal do Espírito Santo
- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
- Universidade Federal Fluminense
- Universidade Federal do Rio de Janeiro
- Universidade Federal de São Paulo
Região Centro-Oeste
- Universidade Federal do Mato Grosso 
- Universidade Federal de Goiás 

- Universidade de Brasília
- Universidade Federal da Grande Dourados
Fonte: Veja

Um comentário:

  1. E OS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS?

    ENQUANTO HOUVER ESSA DIVISÃO, É BOM QUE TENHAM PROFESSORES APOLITIZADOS. SÓ UMA LUTA CONJUNTA, EM QUE PROFESSORES E TÉCNICOS SE UNAM, QUE CHEGUEM A UM CONSENSO, PERMITIRÁ NÃO SÓ QUE AS GREVES GANHEM FORÇA, MAS ACABAR COM QUALQUER DIVISÃO ARISTOCRÁTICA QUE IMPERE NAS UNIVERSIDADES DE NOSSO PAÍS.

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