Os professores da Universidade Federal de
Mato Grosso (UFMT) decidiram, na tarde desta segunda (14), entrar em greve por
tempo indeterminado a partir de quinta-feira (17 de maio). Foram 152
votos a favor, cinco abstenções e apenas 03 votos contrários à paralisação.
A categoria quer
reajuste salarial de 4%, reestruturação da Carreira Docente e ainda
incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior
estabelecidos no acordo assinado em abril de 2011 com o Governo Federal.
Segundo o presidente da
Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), professor Carlinhos Eilert, o prazo
máximo para o cumprimento do acordo seria 31 de março. “A data expirou sem que
o governo cumprisse nenhum dos itens”, reclama, observando que o movimento
também pretende sensibilizar a sociedade quanto à desvalorização do
profissional da educação, “que há mais de 20 anos vem sendo negligenciada por
todos os governos”. Para o sindicalista, é por isso que os professores
estariam “no chão da pirâmide hierárquica do serviço público federal”. O menor
salário do docente federal hoje é R$ 557, 51, por 20 horas.
Os grevistas inclusive
elaboraram uma pauta interna onde reivindicam melhorias do Restaurante
Universitário (RU) e da Biblioteca Central, investimentos nos cursos de
pós-graduação, especialização, mestrado e doutorado e cobram autonomia
universitária e democracia nas relações internas.
Também criticam o modelo
produtivista que teria contaminado a produção intelectual na UFMT, as
terceirizações do trabalho na Universidade e as regras do estágio probatório
aplicadas aos concursados. A categoria quer ainda o respeito ao Estatuto da
instituição, principalmente no ponto em que estabelece a realização de uma
Assembleia Geral Universitária por ano.
Fonte:
CircuitoMT
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