Pelo menos por enquanto, esta resolução não
contará com a UFRJ. A última Assembleia Geral da Adufrj-SSind, no dia 10,
deliberou por um indicativo de greve sem data (ou seja, a categoria ainda
prepara as condições para uma eventual deflagração do movimento grevista na
instituição). Neste dia 17, na UFRJ, haverá uma paralisação das atividades, com
reuniões nas unidades, para que os professores possam discutir os problemas
relativos ao salário, à carreira è às condições de trabalho. No dia 22, nova
assembleia (na Praia Vermelha e no Fundão, simultaneamente) reavalia o
indicativo de greve.
A greve, no Setor das Federais do Andes-SN,
foi aprovada sem nenhum voto contrário, com 33 votos favoráveis e três
abstenções. A reunião contou com a presença de 60 representantes de 43 Ifes. No
momento da votação estavam presentes docentes de 36 instituições.
Reivindicações
Tendo como referência a pauta da Campanha
2012 dos professores federais, aprovada no 31º Congresso do Sindicato Nacional
e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro, os docentes
reivindicam a reestruturação da carreira - prevista no Acordo firmado em 2011 e
descumprido pelo governo federal.
A categoria pleiteia carreira única com
incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5%
entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário
mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de
acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Os professores também querem a valorização
e melhoria das condições de trabalho dos docentes nas Universidades e
Institutos Federais e atendimento das reivindicações específicas de cada
instituição, a partir das pautas de elaboradas localmente.
Vale lembrar que estas são reivindicações históricas da categoria docente e que
a reestruturação da carreira vem sendo discutida desde o segundo semestre de
2010, sem registrar avanços efetivos.
O acordo emergencial firmado entre o
Sindicato Nacional e o governo no ano passado, estipulava o prazo de 31 de
março para a conclusão dos trabalhos do grupo constituído entre as partes e
demais entidades do setor da educação para a reestruturação da carreira.
Por diversas vezes, o Andes-SN cobrou do
governo uma mudança na postura e tratamento dado aos docentes, exigindo
agilidade no calendário de negociação, o que não ocorreu. A precariedade nas
Instituições Federais, em diversas partes do país, principalmente nos campi
criados com a expansão via Reuni, também vem sendo há tempos sendo denunciada
pelo Sindicato Nacional.
O que acontece agora?
A deliberação do Setor das Ifes será levada
para as assembleias locais, que acontecem nesta segunda (14) e terça-feira
(15), nas diversas seções sindicais do Andes-SN nas instituições federais
brasileiras, para confirmação da greve na base.
Uma vez referendada pelos professores de
cada instituição, haverá notificação às reitorias e as atividades serão
suspensas por tempo indeterminado. Deverão ser instaladas assembleias locais
permanentes e constituídos os comandos locais de greve (CLG). As eventuais
atividades que sejam consideradas essenciais serão assim entendidas e
negociadas entre as instituições e os CLG, considerando suas especificidades.
Na quinta, 17 de maio, será instalado o
Comando Nacional de Greve na sede do Sindicato Nacional, em Brasília. Neste
mesmo dia, os servidores públicos federais realizam 24 horas de mobilização e
paralisação geral da categoria.
Confira a agenda:
14 e15 de maio: rodada nacional de
Assembléias nas Ifes para deflagração da greve localmente;
15 de maio: reunião do Grupo de
Trabalho para Reestruturação da Carreira Docente, entre o Andes-SN, governo e
demais entidades do setor da educação;
16 de maio: reunião do Fórum das Entidades Nacionais
dos Servidores Público Federais com o governo;
17 de maio: instalação do
comando nacional de greve, às 14h na sede do Andes-SN;17 de maio: Dia nacional
de mobilização e paralisação dos servidores públicos federais.
Fonte: Andes-SN
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