A maior parte
das greves dos professores se concentra nas regiões Norte e Nordeste (16
federais). No caso dos servidores, a adesão é mais distribuída. De acordo com o
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), as
reivindicações incluem reposição de 27% de perdas salariais durante o governo
Dilma Rousseff, revisão do contingenciamento de recursos, melhores condições de
trabalho e reestruturação da carreira.
"Para fazer
ajuste (fiscal), o governo não tem como opção apenas cortar direitos e política
sociais", avalia Francisco Jacob, primeiro-secretario do Andes. Ele
critica principalmente a contratação de terceirizados e de servidores
temporários.
Na Universidade
Federal Fluminense (UFF), além de docentes e servidores, estudantes aderiram à
greve na quinta feira (28). Terceirizados estão com salários atrasados desde o
fim do ano passado. A situação se agravou em março, quando a instituição passou
a sofrer com falta de água e de energia, devido à restrição orçamentária. Na
Universidade de Brasília (UnB), a paralisação está restrita aos servidores, mas
pode ter adesão dos professores. Eles fazem assembleia em 10 de junho para
discutir a questão. A biblioteca foi fechada, mas as secretarias dos cursos
funcionam.
Negociação
O Ministério da
Educação (MEC) declarou que está aberto a negociações e que durante reunião em
22 de abril, representantes da Andes "não se mostraram dispostos a
dialogar". O ministro Renato Janine Ribeiro publicou em sua página no
Facebook que "as greves só fazem sentido quando estiverem esgotados os
canais de negociação". O Ministério do Planejamento, responsável pela
negociação dos reajustes, afirmou, em nota, que "após ouvir todas as
demandas (dos grevistas), será apresentada a contraproposta governamental, o
que ocorrerá ao longo do mês de junho."
Fonte: Correio Braziliense
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