O ministro da educação, Renato Janine
Ribeiro, comentou nesta quinta-feira, em sua página no Facebook o indicativo de
greve que tem sido apresentado pelos professores de algumas universidades
federais do país.
Em um longo texto, Janine afirmou que o
poder público enfrenta há algum tempo “a
decisão pela greve sem que seja precedida por um amplo diálogo” e que a
paralisação só faz sentido quando “estiverem esgotados os canais de negociação”,
o que, segundo ele, não é o que está acontecendo no momento.
Na publicação, o ministro afirma que o
Ministério dialoga com todos os setores das universidades federais e que a boa
relação faz com que a cada ano as demandas sejam atendidas.
Janine criticou as greves que, segundo ele,
“sempre acarretam prejuízos à própria
comunidade, especialmente aos estudantes, e à sociedade como um todo, que
contribui com seu trabalho para o financiamento do ensino superior público”
e afirmou que o que está sendo feito pelos servidores “não é diálogo”.
De acordo com ele, o poder público “atende tanto quanto pode” os pedidos da
comunidade acadêmica e o governo está disposto a dialogar. Janine argumenta que
recebeu as entidades representativas de professores e servidores das federais
nas últimas semanas, mas que os servidores já chegam ao Ministério com uma data
marcada para a greve.
O ministro afirmou ainda que o MEC recebe
muitas demandas dos professores, mas também muitas manifestações de
descontentamento de parte da categoria que “têm
seu trabalho prejudicado e discordam dessa forma de condução do processo de
greve.”
Por outro lado, em comunicado publicado no
site do sindicato da categoria, o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes
das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) afirma que “a greve foi o último
recurso encontrado pelos docentes para pressionar o governo federal a ampliar
os investimentos públicos para a educação pública”.
De acordo com a nota, a paralisação é uma
forma de dar resposta “ao total descaso”
do governo em relação à precarização das instituições federais que, em muitos
casos, já estão “ impossibilitadas de funcionar por falta de técnicos,
docentes e estrutura adequada.”
Fonte:
Valor Econômico
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