Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) decidiram manter a greve da categoria. Na UFPR e na Unila, a decisão foi tomada em assembleias realizadas na quarta-feira (5). Na UTFPR, onde a greve atinge cinco dos 12 campi, a assembleia ocorreu ontem (6).
Na UFPR, a votação sobre a manutenção da greve foi apertada. A paralisação foi mantida por 238 votos a 225. A eleição da Reitoria da UFPR, que ocorreria esta semana, foi adiada para os dias 24 e 25 de setembro, em razão da greve.
"Agora vamos aguardar a reunião do nosso comando nacional de greve, neste fim de semana. O comando terá que sentar e avaliar se o movimento se mantém forte a ponto de forçar o governo a reabrir as negociações", disse Luís Allan, presidente da Associação dos Professores da UFPR, em entrevista à Agência Brasil.
Com quase quatro meses de duração, a greve, iniciada no último dia 17 de maio, é a maior da história tanto da UFPR como da UTFPR. "Pela extensão da greve, não dá para tapar o sol com a peneira, o cenário é tenso. Mesmo com uma eventual saída do movimento, os professores sairão decepcionados com a incapacidade de negociar do governo", disse Allan.
Os professores da Unila fazem nova assembleia na segunda-feira (10). O comando local de greve da UFPR ainda irá marcar um novo encontro da categoria na próxima semana.
De acordo com a Reitoria da UTFPR, quatro campi da instituição decidiram retomar as aulas na próxima segunda-feira (10) e mais dois até o próximo dia 17. Como as datas de reinício das aulas serão diferentes, a universidade ainda precisará discutir se estabelecerá calendários acadêmicos diferenciados ou se unificará o início do segundo semestre letivo.
A greve continua nas unidades da UTFPR em Curitiba, Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Campo Mourão e Toledo. "Vamos fazer uma nova assembleia na próxima quarta-feira (12). Os professores estão indignados", disse Silvana Heidemann, integrante do comando local de greve da UTFPR em Curitiba.
A paralisação dos professores das universidades federais enfrenta um impasse desde o último dia 13 de agosto, quando o governo assinou um acordo com o Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes).
Desde então, o governo federal considera encerrada a negociação com a categoria. O Proifes aceitou a proposta de reajuste, com percentuais que variam de 25% a 40%. Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) rejeitou o acordo e apresentou uma contraproposta ao governo, que não reabriu a negociação.
Fonte: Agência Brasil
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