A proposta de regulamentação do direito de greve no serviço público, em elaboração pelo governo, promete longo debate no Congresso Nacional. Em conversas da Agência Brasil com deputados e senadores da base aliada e da oposição ficou claro que a matéria deve dividir as bancadas governistas nas duas Casas.

A líder da bancada na Câmara, deputada Érika Kokay (PT-DF) , disse que a matéria será tratada “como qualquer outra”. Perguntado pela reportagem se o PT correria risco de ter relações estremecidas com sua base sindical, Tatto disse que cada um tem o seu papel e cabe ao partido “pensar no todo”.
“Vamos garantir os direitos do trabalhador. Mas, também, temos que ter em mente que somos parlamentares e temos que pensar no país”, destacou o líder do PT. Ele acredita que o debate sobre a proposta será longo e descartou a possibilidade de tramitação rápida da matéria.

“Não se pode deixar que as escolas públicas fiquem paradas por mais de 100 dias, como acontece em alguns estados, mesmo porque essa história de reposição de aulas é uma das maiores mentiras. Os professores não repõem as aulas perdidas”, ressaltou Cristovam Buarque, ex-reitor da UnB. Para ele, a regulamentação da greve no serviço público não fere a bandeira do trabalhismo pedetista.


Álvaro Dias acrescentou que os congressistas têm que estar preparados para as pressões que vão sofrer por parte dos movimentos sindicais. “Essa pressão vai acontecer e cabe ao Congresso lidar com isso. Foram as greves recentes que provocaram a decisão do governo de propor a regulamentação do direito de greve no setor público”.
Fonte: Agência Brasil
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