Os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) suspenderam uma das maiores greves da história da instituição na tarde desta quarta-feira (12), em assembleia no campus Maceió. Por 104 votos contra 68, os docentes decidiram interromper a paralisação, que completa quatro meses nesta segunda-feira (17).
O retorno às atividades, entretanto, só deve ocorrer após uma audiência com o reitor da Ufal, Eurico Lôbo. Na ocasião, os docentes irão cobrar uma solução para a insegurança no campus de Arapiraca, que fica ao lado do presídio Desembargador Luís de Oliveira Souza.
Durante a assembleia, noventa e um professores votaram por só voltar para as salas de aula após reunião com o reitor. Sessenta e seis docentes queriam retomar as atividades já nesta segunda, como decidiu grande parte das universidades federais do país.
De acordo com a assessoria de comunicação da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), a greve pode ser retomada a qualquer momento. O retorno às aulas, ainda segundo a Adufal, só irá ocorrer caso a reitoria se comprometa em resolver a situação do campus de Arapiraca.
Entenda a greve
O movimento grevista da Ufal, que teve a duração de 118 dias, foi considerado uma verdadeira “quebra de braço” com o governo pelo presidente em exercício da Adufal, professor Márcio Barboza. Nas negociações, o governo ofereceu aumentos salariais aos professores que variam entre 25% e 40%. Além disso, o governo resolveu reduzir as carreiras de 17 para 13 níveis, permitindo uma progressão mais rápida aos docentes.
Os professores pleitearam, durante a greve, melhorias nas condições de trabalho e ensino nas instituições; atendimento das pautas locais; carreira única, mais simples, com 13 níveis e steps definidos; valorização da titulação e do regime de trabalho, em especial à Dedicação Exclusiva; incorporação das gratificações e paridade entre ativos e aposentados.
A assessoria de comunicação da Adufal informou que os professores apenas retomam as atividades porque têm "consciência do prejuízo causado pela paralisação, que atingiu tanto os alunos, como os docentes e técnicos". Segundo a associação, o governo não atendeu aos pleitos da categoria, que suspende a greve com "indignação".
Campus de Arapiraca está desativado desde abri
O campus de Arapiraca está sem funcionar desde o mês de abril, após a invasão de 15 fugitivos do presídio Desembargador Luís de Oliveira Souza, que deixou alunos e professores em pânico.
Em junho, o governador Teotonio Vilela Filho garantiu o reforço da segurança no local e a construção do novo presídio do Agreste, em Craíbas, no prazo de sete meses. Desde então, a universidade e os poderes Executivo e Judiciário ainda não chegaram a um consenso para solucionar o impasse.
Por orientação de representantes do Poder Judiciário envolvidos na discussão, o governo estadual decidiu não desativar o presídio agora.
Fonte: Tudo na Hora
As aulas pra os alunos do segundo semestre vão iniciar ? e quando ?
ResponderExcluirOs alunos da segunda entrada vão iniciar esse ano ? alguem sabe ?
ResponderExcluiryuri