A
greve dos professores e técnicos administrativos das universidades federais
brasileiras, já dura 38 dias e não tem previsão para ser encerrada, pois o
reajuste de 21,3% parcelado em quatro anos, do conforme propõe o governo, não
recompõe um perdas salarias por conta da inflação.
O
processo negocial poderá ser encerrado com rejeição da proposta governista sem
que as entidades representativas dos grevistas, apresentem uma contraproposta
que seja capaz de ser negociada, a única resposta que darão ao governo será uma
negativa ao que foi proposto.
A Federação
de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de
Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) e o Sindicato Nacional dos
Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), únicas entidades do
setor educação em greve, já decidiram pelo não ao reajuste em quatro em
parcelas.
Na
próxima quinta-feira (07/09) os fasubrianos se reunirão com o secretário de
relações do trabalho, Sérgio Mendonça, na sede do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão (MPOG). Para alguns sindicalistas e dirigentes da federação,
mesmo que a proposta seja rejeitada, o governo aceitará negociar outros pontos
da pauta, porém o Mendonça condicionou discutir outras demandas a aceitação da
proposta.
A
deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA) protocolou requerimento na Comissão
de Educação da câmara dos deputados, convocando uma Audiência Pública que não
tem ainda data para acontecer. A iniciativa da parlamentar tem como objetivo
debater a greve e o papel do técnico-administrativos nas universidades.
Na
greve do ano passado, também por iniciativa da nobre deputada, foi realizado
esse mesmo evento que não resultou em nenhum avanço na negociação com o
governo, inclusive o movimento paredista daquele ano foi judicializado pelo
governo e a greve foi encerrada depois da decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) que pediu para a FASUBRA encerrar a greve.
O
processo no STJ foi movido pela Procuradoria Geral da República (PGR) e ainda
não teve o seu desfecho final, pois falta o julgamento do mérito.
Perguntas
que não querem calar: Com a rejeição da proposta apresentada pelo governo, que
rumo será dado a greve? A categoria, como o ano passado, amargará mais uma
derrota?
Fonte: Ufalsindical
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