quarta-feira, 25 de abril de 2012

Paralisação tem grande adesão de servidores em todo o Brasil


Nesta quarta-feira a Condsef recebeu o balanço das atividades ligadas ao dia nacional de lutas com paralisação que reuniu 31 entidades e mobilizou servidores em todo o Brasil.
A adesão ao movimento foi grande e mostrou a disposição da maioria dos trabalhadores do setor público em lutar pelo avanço nas negociações com o governo e atendimento de suas principais reivindicações. Em Brasília, diversos órgãos realizaram atividades pela manhã e depois promoveram uma concentração em frente ao Palácio do Planalto para mostrar a presidenta Dilma que os servidores esperam mais atenção de seu governo. 
No Rio de Janeiro , onde há maior número de servidores públicos no Brasil, foi realizado um ato com concentração na Candelária, marcha pela Avenida Rio Branco, encerrando com um grande ato na Cinelândia. Em São Paulo também houve movimentação.
Foram registradas atividades também no Amazonas, Acre, Rondônia, Minas Gerais, Pará, Sergipe, Rio Grande do Sul, Tocantins, Santa Catarina, Pernambuco, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No Ceará houve protestos de manhã e a tarde com concentração de servidores em frente ao Hospital Geral de Fortaleza e na sede do Dnocs no estado. 
A Condsef avalia que o chamado para a luta foi atendido por suas entidades filiadas e reforça que a mobilização deve seguir sendo ampliada em todo o Brasil.
Até o momento as reuniões no Ministério do Planejamento não trouxeram os avanços esperados. O caminho necessário para buscar o atendimento das demandas que vêm sendo negociadas é o da unidade e mobilização das categorias. Entre as reivindicações que compõem a Campanha Salarial 2012 está a busca por uma política salarial que envolva reposição inflacionária e correção de distorções. 
As entidades devem apresentar oficialmente uma contraproposta ao governo, baseada em estudos feitos pelo Dieese que levam em conta a inflação dos últimos dois anos para reposição inflacionária e variação do PIB (Produto Interno Bruto) do mesmo período para correção de distorções na administração pública. O Dieese busca levantamento de quanto será o impacto total dessas demandas em números. Após apresentação formal dessa contraproposta deve ser retomado no Ministério do Planejamento o debate sobre as demandas gerais dos servidores.
Infelizmente, o governo segue com mesmo discurso de que não há disposição para apresentar proposta que envolva política salarial. O que o Planejamento tem sinalizado é que deve ser implantada a correção de distorções, mas não diz quando isso ocorrerá. Não há sinais claros também de que o governo apresentará propostas para outros temas em pauta como reajuste nos benefícios, incluindo auxílio-alimentação e plano de saúde, definição de data-base, paridade, entre outros. Só após a apresentação da contraproposta dos servidores é que será agendada reunião para continuar o debate com o governo. 
Participam dessas reuniões representantes de 31 entidades, incluindo 3 centrais sindicais.
A expectativa da Condsef é de que o governo tenha sensibilidade já que servidores entram no segundo ano do governo Dilma com salário congelado. Nenhum trabalhador desse país passa por essa situação. O salário mínimo possui uma política de correção.
Os trabalhadores da iniciativa privada também têm política de correção. Não dá para trabalhadores públicos serem tratados de forma diferenciada uma vez que quando há ônus o governo quer tratar os servidores como os demais trabalhadores, basta ver o caso recente das mudanças na Previdência Pública. Não se pode admitir que a maioria dos servidores permaneça com salários congelados.
O governo tem sinalizado que vai priorizar debates setoriais, mas servidores não vão abandonar as demandas gerais em detrimento das pautas específicas que também são importantes. É preciso encarar o conjunto dos problemas da administração pública para que isso tenha o reflexo esperado na melhoria da qualidade do atendimento à população brasileira.
Fonte: Condsef

Nenhum comentário:

Postar um comentário