quarta-feira, 25 de abril de 2012

Paralisação reuniu servidores em Cuiabá


Representantes sindicais de servidores federais se reuniram na manhã desta quarta-feira (25), na Praça Ulisses Guimarães, em frente ao Pantanal Shopping, para protestar por melhores salários e contra a postura do Governo Federal, que não estaria cumprindo os acordos firmados com a categoria.
O movimento contou com o apoio dos integrantes do Movimento dos Sem Terra e reuniu cerca de 250 pessoas no local, entre servidores federais e apoiadores do movimento.
Porém, a paralisação no Estado, que acompanha um movimento nacional da categoria, não teve o apoio esperado dos servidores e os órgãos continuam funcionando normalmente.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT), Carlos Alberto de Almeida, o ato servirá como um termômetro nacional da vontade que os servidores demonstram de lutar por melhorias para a categoria.
“Aqui faremos uma votação para saber qual é a vontade que os servidores têm de entrar em greve, mas não tenho dúvidas que aqui teremos 100% de apoio”, afirmou.
O presidente explicou que o Estado irá acompanhar o que for decidido em Assembleia Geral a ser realizada dentro de uma semana em Brasília (DF), quando então será votado se a categoria irá cruzar os braços por tempo indeterminado
Almeida lamentou, porém, a falta de participação dos servidores no movimento realizado hoje e afirmou que a ausência não foi por falta de divulgação da paralisação ou medo de represálias.
“Eles não tem medo de entrar em greve, é comodismo. Só vamos conseguir alguma coisa se tivermos unidade”, avaliou.
Reivindicações
A manifestação que acontece em todo o Brasil surgiu por indicação da Confederação Nacional do Serviço Público Federal (Condsef) e uma pauta unificada foi criada.
Os servidores federais reivindicam a expansão do reajuste salarial aplicado pela tabela 12.267 – que beneficiou apenas cinco carreiras – para todas as carreiras com nível superior e nível médio. O reajuste pedido giraria em torno de 85%, de acordo com o presidente do Sindsep-MT.
A categoria reclama da ausência de uma data-base para reajuste salarial e indica que o dia escolhido seja o dia 1º de maio, realização de negociação coletiva e direito irrestrito à greve.
Os servidores federais também pedem por paridade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas.
“O aposentado vê seu salário reduzido em 40 e até 50%”, disse Almeida.
A categoria reclama do não cumprimento, por parte do Governo Federal, de acordos firmados nas mesas de negociações salariais.
“Saímos daqui, vamos à Brasília, gastamos com passagens, alimentação, e achamos que fechamos um acordo. Daí, eles nos surpreendem com Projetos de Lei que vão contra o que foi acordado”, reclamou.
Os servidores federais pedem pela retirada de projetos de lei considerados abusivos pela categoria. O presidente citou como exemplo os casos da PL 248/1998 – que daria direito à demissão de servidores por insuficiência depois de avaliados por três vezes – e da PL 549/2009, que propõe o congelamento salarial dos servidores da união por 10 anos.
Participaram do movimento, além do MST e do Sindsep, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sindijufe-MT), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe-MT) e o Sindicado dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf-MT), bem como a Central Única dos Trabalhadores (CUT-MT).
Fonte: Midia News

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