Representantes
sindicais de servidores federais se reuniram na manhã desta quarta-feira (25),
na Praça Ulisses Guimarães, em frente ao Pantanal Shopping, para protestar por
melhores salários e contra a postura do Governo Federal, que não estaria
cumprindo os acordos firmados com a categoria.
O movimento
contou com o apoio dos integrantes do Movimento dos Sem Terra e reuniu cerca de
250 pessoas no local, entre servidores federais e apoiadores do movimento.
Porém, a
paralisação no Estado, que acompanha um movimento nacional da categoria, não
teve o apoio esperado dos servidores e os órgãos continuam funcionando
normalmente.
Segundo o
presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso
(Sindsep-MT), Carlos Alberto de Almeida, o ato servirá como um termômetro
nacional da vontade que os servidores demonstram de lutar por melhorias para a
categoria.
“Aqui faremos
uma votação para saber qual é a vontade que os servidores têm de entrar em
greve, mas não tenho dúvidas que aqui teremos 100% de apoio”, afirmou.
O presidente
explicou que o Estado irá acompanhar o que for decidido em Assembleia Geral a
ser realizada dentro de uma semana em Brasília (DF), quando então será votado
se a categoria irá cruzar os braços por tempo indeterminado
Almeida
lamentou, porém, a falta de participação dos servidores no movimento realizado
hoje e afirmou que a ausência não foi por falta de divulgação da paralisação ou
medo de represálias.
“Eles não tem
medo de entrar em greve, é comodismo. Só vamos conseguir alguma coisa se
tivermos unidade”, avaliou.
Reivindicações
A manifestação
que acontece em todo o Brasil surgiu por indicação da Confederação Nacional do
Serviço Público Federal (Condsef) e uma pauta unificada foi criada.
Os servidores
federais reivindicam a expansão do reajuste salarial aplicado pela tabela
12.267 – que beneficiou apenas cinco carreiras – para todas as carreiras com
nível superior e nível médio. O reajuste pedido giraria em torno de 85%, de
acordo com o presidente do Sindsep-MT.
A categoria
reclama da ausência de uma data-base para reajuste salarial e indica que o dia
escolhido seja o dia 1º de maio, realização de negociação coletiva e direito
irrestrito à greve.
Os servidores
federais também pedem por paridade salarial entre ativos, aposentados e
pensionistas.
“O aposentado vê
seu salário reduzido em 40 e até 50%”, disse Almeida.
A categoria
reclama do não cumprimento, por parte do Governo Federal, de acordos firmados
nas mesas de negociações salariais.
“Saímos daqui,
vamos à Brasília, gastamos com passagens, alimentação, e achamos que fechamos
um acordo. Daí, eles nos surpreendem com Projetos de Lei que vão contra o que
foi acordado”, reclamou.
Os servidores
federais pedem pela retirada de projetos de lei considerados abusivos pela
categoria. O presidente citou como exemplo os casos da PL 248/1998 – que daria
direito à demissão de servidores por insuficiência depois de avaliados por três
vezes – e da PL 549/2009, que propõe o congelamento salarial dos servidores da
união por 10 anos.
Participaram do
movimento, além do MST e do Sindsep, o Sindicato dos Servidores do Poder
Judiciário de Mato Grosso (Sindijufe-MT), o Sindicato Nacional dos Servidores
Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe-MT) e o Sindicado dos Trabalhadores em Educação da
Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf-MT), bem como a Central Única dos
Trabalhadores (CUT-MT).
Fonte:
Midia News
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